OLHAR
(Fragmento)
Ó
grandes olhos outonais, cheios de Azul!
Como
nasceste vós neste país do Sul?
Quem
vos pintou? Quem foi esse pintor estranho?
Que
génio excecional! Que talento tamanho!
Alguém
me disse que viu todos os museus,
Mas
o que lá não viu foi olhos como os teus…
Nunca
vi nada, assim, em toda a natureza.
O
pincel que vos criou foi, com toda a certeza,
O
mesmo que pintou os raros azulejos;
Vós
sois um céu azul cheio de astros e beijos!
ANTÓNIO
NOBRE
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