Conta-me um conto...
“Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, (...) O mundo
era tão recente que muitas coisas careciam de nome e, para mencioná-las,
era preciso apontar com o dedo.” – in CEM ANOS DE SOLIDÃO, de G.G. Márquez
Se para algumas pessoas ler é já de si uma actividade que implica tortura e sacrifício, para muitas de entre estas é ainda mais constrangedor fazê-lo em conjunto. São demasiadas as que sucumbiram ao prazer solitário e onanista da leitura (e até da criação literária). Nem sempre foi assim! Segundo rezam as crónicas, que não têm que ser verdade ou mentira, terá a escrita nascido da oralidade e na impossibilidade desta...
As Mil e uma noites, A Odisseia, O Amadis de Gaula, o D. Quixote, livros que remontam à nossa ancestralidade ficcional, eram contados aos serões por pessoas que anteriormente os tinham também ouvido contar, e assim semeavam entre os restantes os germes do sonho e da fantasia. Se o faziam profissionalmente ou por puro prazer não consta das relações tributárias, embora houvesse quem andasse de terra em terra espalhando o seu testemunho acerca dos casos fantásticos que vivera!
Mais tarde, e porque quem conta um conto acrescenta-lhe sempre um ponto, as estórias avolumaram-se, ganharam corpo e personalidade, e exigiram dos homens consenso, unificação e identidade. Ao cada um conta de maneira diferente implantaram o seu teor e puseram fim no regabofe fazendo com que alguém lhe traçasse escritura. Ao acto social da literatura acrescentou-se o não menos social acto do registo. Se este facto sucedeu há pouco menos de dois mil anos entre nós, visto constar que na China, Assíria, Egipto, etc., terá acontecido bastante antes, a oralidade e convívio à volta de um enredo remetem-nos ainda para o tempo das cavernas. Não sabemos ao certo quando é que um sacana qualquer para deslumbrar a sua amada ou meter macaquinhos na cabeça do chefe da tribo se pôs a papaguear pinderiquices que tanto assustam como arrebatam, mas o que é certo é que o fez, embora a TV e a rádio não tenham dado a devida cobertura ao acontecimento.
Ora, ainda este vício andava de gatas e já havia quem lhe pusesse asas no dorso como os que inventavam antídotos para lhe combater o mal e contágio nas massas... Uns tinham razão porque os outros a não tinham, como aos outros lhe assistia porque a uns lhe faltava! Se muitos foram obrigados a beber a cicuta, pagando com a dor e a morte, todo o prazer que as estórias e a palavra lhe concederam durante a vida, não menos quantos houve que lhe invejaram o dom e os mandaram para os trabalhos forçados, masmorras e degredos! No entanto, do que ninguém duvida, quase todos sabemos quem foi Sócrates mas ninguém se lembra do nome do presidente da Câmara da Lisboa de há 200 anos atrás, embora entre um e outro haja tantos milénios de distância quer no tempo como de quilómetros no espaço que habitaram...
Actualmente, numa sociedade circunscrita ao poder da imagem, acesso total à informação, vertiginoso ritmo de vida, expansão da cultura facilitista, solicitação e usufruto dos prazeres imediatos, que tende a dispensar os benefícios da leitura (criação de imagens, mobilidade, flexibilidade e enriquecimento vocabular, facilitação do processo de aprendizagem, contacto e apreensão de emoções exteriores, relacionamento de conhecimentos adquiridos com novos sentidos, construções sintácticas e significados, por exemplo), esse acto deveras social da leitura está a irradicar-se dos nossos hábitos, principalmente se não forem tomadas precauções adultas para contrariar o modus vivendi actual. Entre elas cabe a criação de comunidades de leitores, tal como vão surgindo um pouco por todo o país, na tentativa de reabilitar obras e autores que marcaram ou marcam os nossos tradicionais modos de ser e estar, enquanto cidadãos do e para o mundo.
A Comunidade de Leitores de Portalegre convida, portanto, nesta perspectiva, à leitura do romance “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez, com que iniciará a sua actividade em sessão a realizar no mês de Novembro, cuja data precisa será atempadamente divulgada, a fim de que também nós, portalegrenses, possamos ajudar a inventar o futuro reerguendo do passado uma modalidade sócio-cultural que contribuiu em grande parte na formação da cidade que nos acolhe ou em que vivemos.
Há diversas maneiras de contarmos contos uns aos outros e esta é outra entre tantas mais de inscrevermos os nossos passos na resenha da actualidade. A melhor forma de mudar o mundo é começarmos por modificar-nos a nós mesmos, tomando novas atitudes perante hábitos antigos, costumes e consciência participativa na evolução da democracia. A mais-valia de Gabriel García Márquez, quer como jornalista, quer como romancista galardoado pelo Nobel, é inegável e tem entre nós bastantes adeptos, leitores assíduos dos seus títulos, ou mesmo que lhe acompanharam o percurso profissional. Creio que foi uma boa escolha, que encorpará o nosso grupo de leitores com variadas visões deste romance, tal como da obra em geral, e que poderá pôr em contacto pessoas que de há muito têm um gosto comum, bem assim de suscitar naqueles que ainda o não conheçam apetência para o fazerem.
Por conseguinte, aqui fica a nota de boas-vindas e votos de que se divirtam com a saga mirabulante de Aureliano Buendía, que possui todos os ingredientes para guiar-nos através de uma aventura ao realismo fantástico do século passado... E com óptimo cicerone!
grokare@hotmail.com
Convite para partilhar caminhos de leitura e uma abertura para os mundos virtuais e virtuososos da escrita sem rede nem receios de censura. Ah, e não esquecer que os e-mails de serviço são osverdes.ptg@gmail.com ou castanhoster@gmail.com FORÇA!!! Digam de vossa justiça!
10.29.2003
A D U A S M Ã O S
Por Joaquim Castanho e Filipa Ribeiro
“O rei vai nu”, disse o rapazito
“A engenharia genética condensa, como nenhuma outra tecnologia,
tanto as nossas aspirações quanto as nossas desconfianças”
Margarida Silva
Vem este artigo a propósito do lançamento do livro “Alimentos Transgénicos – um guia para consumidores cautelosos”, de Margarida Silva, professora de biotecnologia no Porto e vice-presidente da Quercus, da Universidade Católica Editora. Os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) são organismos que adquirem, pelo uso de técnicas modernas de engenharia genética, características de um outro organismo, o qual, em algumas vezes, é bastante distante do ponto de vista evolutivo. Esta é, sumariamente, a sua definição técnica. Em termos de indústria agro-alimentar e da aplicação que fazem dos OGM, estes são, como disse e muito bem Luísa Schmidt, uma “coqueluche” que “é apresentada sedutoramente aos países pobres, a quem se acena com a quimera da abundância e do fim do problema da fome” (Expresso, Dezembro de 1999).
Com efeito, apesar de poucas, erguem-se já algumas vozes do interior da comunidade científica para alertar sobre as implicações dos OGM na saúde humana, sobre os riscos para o ambiente, para a agricultura e para a sociedade. E fazem-no porque, ao contrário do que se possa pensar, os OGM são uma realidade e todos estamos sujeitos a consumi-los sem sequer disso termos consciência. E é para essa tomada de consciência, esclarecida e rigorosa, que este último trabalho de Margarida Silva contribui, dado existirem várias leituras possíveis desta questão transgénica.
É aqui que a comunicação social é importante na tentativa que deve fazer para despertar nos cidadãos a atenção e posicionamento eficazes face a um dos problemas mais actuais para a qualidade de vida no nosso planeta. Infelizmente, isto é o que não se tem feito, porque simplesmente não é possível quando até os media se declaram, impunemente, indisponíveis para darem espaço nas páginas dos jornais, mediação televisiva integrada e não repetida, cobertura diversificada e personalizada na rádio, internet e afins. Porque as questões científicas e ambientais não podem ser atiradas para a geral condição de produto estratégico na imparável senda de mais e diferentes audiências, segundo a qual a comunicação de questões de grande interesse social relativas à saúde pública e ao ambiente sustentado se cinge ao ciclo hermético e/ou apanágio para fins político-económicos pouco sustentáveis pelos custos que comportam à vida do planeta.
Perante aquela que pode ser a mais radical experiência no mundo natural, temos de estar esclarecidos, posto que esse é um esforço mútuo para cientistas, industriais, políticos, empresas, legisladores e consumidores. É neste sentido, portanto, que surge este “Alimentos Transgénicos – um guia para consumidores cautelosos”, o qual é desprovido de uma gíria demasiado técnica e que tenta, deliberadamente, abrir os olhos e o diálogo com o consumidor. E fá-lo dando conta da controvérsia em torno desta questão desde que surgiu a primeira planta transgénica, em 1983. Assim, a autora começa por enumerar as vantagens dos OGM apontadas por diversos grupos científicos, políticos e de cientistas, mas pelo tom usado percebe-se que as vai atacar, ou seja, que vai dissecar, recorrendo a uma análise cientificamente fundamentada, cada um dos argumentos que são discutidos neste prós e contras dos transgénicos.
Entre os benefícios para quem vende OGM, Margarida Silva indica os seguintes: o aumento da produtividade agrícola (maior resistência a pragas), redução nas aplicações de pesticidas (melhoria ambiental, inúmeras variações especializadas para agradar tanto a agricultor como consumidor e industrial, gestor e necessidades do 3º mundo. Dizem que ainda ninguém morreu por causa dos transgénicos e que os OGM são as plantas mais estudadas do mundo.
Ora, para começar, a nível mundial, apenas 4 países produzem 99% de todos os OGM: EUA (66%), Argentina (23%), Canadá (6%) e China (4%), o que não deixa de ser sintomático do aproveitamento económico e político que apenas visa lutar contra a morte por fome. Pois sim... Além disso, a agricultura insustentável é uma das características da nossa sociedade onde ainda predomina uma cultura alimentar que privilegia as farinhas, os óleos e a distribuição personalizada dos alimentos cuja proveniência e conteúdo são questionáveis. Por outro lado, a estrutura administrativa social fundamentada em representantes que beneficiam grupos económicos em detrimento de valores humanitários básicos, a isenção da responsabilidade pessoal para com a saúde e educação, delegando-a a profissionais formados em perspectiva mercantilista, eliminam o desejável empenho pessoal na vigilância da qualidade dos alimentos. Como é possível que esta esmagadora minoria interessada nos OGMA ignore a perda de equilíbrio ecológico de espaços selvagens e agrícolas, os riscos da introdução na cadeia alimentar animal e humana de substâncias que nunca dela fizeram parte, da contaminação generalizada dos alimentos não transgénicos, da manipulação abusiva e mecanicista da vida e, por fim, do domínio económico do planeta pelas grandes empresas mundiais. Como é possível, que tudo isto se resuma a patentear sementes que sempre foram e deviam continuar a ser um bem comum e de livre acesso? Sim porque a incorporação de um gene significa, que alguma parte do organismo receptor vá produzir uma nova proteína e o aparecimento de uma nova característica, a qula é transmitida de geração em geração? Estão todos cegos perante esta nova “bomba atómica para o mundo natural e humano? Provavelmente, tal como aconteceu com os resultados da bomba atómica de Nagasaki e Hiroshima, quando se perceber as reais consequências dos OGM, então, mais uma vez, será tarde demais e poderão não haver trancas para pôr na porta.
Torna-se, pois, claro que os OGM representam para políticos e cientistas uma solução fácil que consiste na interpretação errónea daquilo que a biotecnologia em particular e a ciência, em geral, podem fazer. A acrescentar a isto está o facto de ainda não existirem, até hoje, provas científicas demonstrativas da segurança dos transgénicos na alimentação humana e animal. Mais: porque a circulação comercial dos alimentos transgénicos só começou em 1996, ainda não decorreu o tempo necessário para aferir das consequências dos agrotóxicos nestes. Na altura em que se completam 50 anos desde a descoberta de Watson e Crick, urge analisar o potencial da genética, pois é notório que um simples gene, na sua complexidade, apresenta infindáveis extensões e, como explica Margarida Silva, “um gene fora do ecossistema molecular onde a evolução facilitou a adaptação mútua torna-se imprevisível e, ao ser inserido, num genoma estranho através de um evento fortuito, num local ao acaso, o seu comportamento pode ficar radicalmente alterado”.
grokare@hotmail.com
Por Joaquim Castanho e Filipa Ribeiro
“O rei vai nu”, disse o rapazito
“A engenharia genética condensa, como nenhuma outra tecnologia,
tanto as nossas aspirações quanto as nossas desconfianças”
Margarida Silva
Vem este artigo a propósito do lançamento do livro “Alimentos Transgénicos – um guia para consumidores cautelosos”, de Margarida Silva, professora de biotecnologia no Porto e vice-presidente da Quercus, da Universidade Católica Editora. Os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) são organismos que adquirem, pelo uso de técnicas modernas de engenharia genética, características de um outro organismo, o qual, em algumas vezes, é bastante distante do ponto de vista evolutivo. Esta é, sumariamente, a sua definição técnica. Em termos de indústria agro-alimentar e da aplicação que fazem dos OGM, estes são, como disse e muito bem Luísa Schmidt, uma “coqueluche” que “é apresentada sedutoramente aos países pobres, a quem se acena com a quimera da abundância e do fim do problema da fome” (Expresso, Dezembro de 1999).
Com efeito, apesar de poucas, erguem-se já algumas vozes do interior da comunidade científica para alertar sobre as implicações dos OGM na saúde humana, sobre os riscos para o ambiente, para a agricultura e para a sociedade. E fazem-no porque, ao contrário do que se possa pensar, os OGM são uma realidade e todos estamos sujeitos a consumi-los sem sequer disso termos consciência. E é para essa tomada de consciência, esclarecida e rigorosa, que este último trabalho de Margarida Silva contribui, dado existirem várias leituras possíveis desta questão transgénica.
É aqui que a comunicação social é importante na tentativa que deve fazer para despertar nos cidadãos a atenção e posicionamento eficazes face a um dos problemas mais actuais para a qualidade de vida no nosso planeta. Infelizmente, isto é o que não se tem feito, porque simplesmente não é possível quando até os media se declaram, impunemente, indisponíveis para darem espaço nas páginas dos jornais, mediação televisiva integrada e não repetida, cobertura diversificada e personalizada na rádio, internet e afins. Porque as questões científicas e ambientais não podem ser atiradas para a geral condição de produto estratégico na imparável senda de mais e diferentes audiências, segundo a qual a comunicação de questões de grande interesse social relativas à saúde pública e ao ambiente sustentado se cinge ao ciclo hermético e/ou apanágio para fins político-económicos pouco sustentáveis pelos custos que comportam à vida do planeta.
Perante aquela que pode ser a mais radical experiência no mundo natural, temos de estar esclarecidos, posto que esse é um esforço mútuo para cientistas, industriais, políticos, empresas, legisladores e consumidores. É neste sentido, portanto, que surge este “Alimentos Transgénicos – um guia para consumidores cautelosos”, o qual é desprovido de uma gíria demasiado técnica e que tenta, deliberadamente, abrir os olhos e o diálogo com o consumidor. E fá-lo dando conta da controvérsia em torno desta questão desde que surgiu a primeira planta transgénica, em 1983. Assim, a autora começa por enumerar as vantagens dos OGM apontadas por diversos grupos científicos, políticos e de cientistas, mas pelo tom usado percebe-se que as vai atacar, ou seja, que vai dissecar, recorrendo a uma análise cientificamente fundamentada, cada um dos argumentos que são discutidos neste prós e contras dos transgénicos.
Entre os benefícios para quem vende OGM, Margarida Silva indica os seguintes: o aumento da produtividade agrícola (maior resistência a pragas), redução nas aplicações de pesticidas (melhoria ambiental, inúmeras variações especializadas para agradar tanto a agricultor como consumidor e industrial, gestor e necessidades do 3º mundo. Dizem que ainda ninguém morreu por causa dos transgénicos e que os OGM são as plantas mais estudadas do mundo.
Ora, para começar, a nível mundial, apenas 4 países produzem 99% de todos os OGM: EUA (66%), Argentina (23%), Canadá (6%) e China (4%), o que não deixa de ser sintomático do aproveitamento económico e político que apenas visa lutar contra a morte por fome. Pois sim... Além disso, a agricultura insustentável é uma das características da nossa sociedade onde ainda predomina uma cultura alimentar que privilegia as farinhas, os óleos e a distribuição personalizada dos alimentos cuja proveniência e conteúdo são questionáveis. Por outro lado, a estrutura administrativa social fundamentada em representantes que beneficiam grupos económicos em detrimento de valores humanitários básicos, a isenção da responsabilidade pessoal para com a saúde e educação, delegando-a a profissionais formados em perspectiva mercantilista, eliminam o desejável empenho pessoal na vigilância da qualidade dos alimentos. Como é possível que esta esmagadora minoria interessada nos OGMA ignore a perda de equilíbrio ecológico de espaços selvagens e agrícolas, os riscos da introdução na cadeia alimentar animal e humana de substâncias que nunca dela fizeram parte, da contaminação generalizada dos alimentos não transgénicos, da manipulação abusiva e mecanicista da vida e, por fim, do domínio económico do planeta pelas grandes empresas mundiais. Como é possível, que tudo isto se resuma a patentear sementes que sempre foram e deviam continuar a ser um bem comum e de livre acesso? Sim porque a incorporação de um gene significa, que alguma parte do organismo receptor vá produzir uma nova proteína e o aparecimento de uma nova característica, a qula é transmitida de geração em geração? Estão todos cegos perante esta nova “bomba atómica para o mundo natural e humano? Provavelmente, tal como aconteceu com os resultados da bomba atómica de Nagasaki e Hiroshima, quando se perceber as reais consequências dos OGM, então, mais uma vez, será tarde demais e poderão não haver trancas para pôr na porta.
Torna-se, pois, claro que os OGM representam para políticos e cientistas uma solução fácil que consiste na interpretação errónea daquilo que a biotecnologia em particular e a ciência, em geral, podem fazer. A acrescentar a isto está o facto de ainda não existirem, até hoje, provas científicas demonstrativas da segurança dos transgénicos na alimentação humana e animal. Mais: porque a circulação comercial dos alimentos transgénicos só começou em 1996, ainda não decorreu o tempo necessário para aferir das consequências dos agrotóxicos nestes. Na altura em que se completam 50 anos desde a descoberta de Watson e Crick, urge analisar o potencial da genética, pois é notório que um simples gene, na sua complexidade, apresenta infindáveis extensões e, como explica Margarida Silva, “um gene fora do ecossistema molecular onde a evolução facilitou a adaptação mútua torna-se imprevisível e, ao ser inserido, num genoma estranho através de um evento fortuito, num local ao acaso, o seu comportamento pode ficar radicalmente alterado”.
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