JUSTIÇA DIVINA: HÁ OU NÃO?
O meu poema tem os teus olhos,
Mas não és tu.
O meu poema tem o teu rosto,
Mas não és tu.
O meu poema tem o teu rabo-de-cavalo,
Mas não és tu.
O meu poema é meu, mas tu não.
Porém, se houvesse justiça divina,
Ainda que fosse infimamente pequenina,
Deus já tinha corrigido esta contradição!
Joaquim Maria Castanho