12.11.2016

SINETE DE INANNA - II


O AMOR É UM SUPOR






O AMOR É UM SUPOR 

Respiro devagarinho
Para não quebrar o encanto
Que me apraz sentir, tanto, 
E desde que há pouquinho
Estive contigo a falar. 

Nenhum pensamento ousa
Diluir-te desta mente, 
Que tem por melhor coisa
Que já lhe aconteceu,
Este sentir que só sente 
Quem pressente já não ser seu
O sentir que o agora tem. 

Que se o bem vem ao pensar
O coração encontra calhar
Mal pense em bater por quem
Nos ficou no pensamento, 
Já que procurámos alguém
Até ao encontro causar,
Como se nesse momento
Só quiséssemos encontrar
Essa pessoa e mais ninguém. 

Que a procura é o ato
Cujo avesso tem as linhas
Que tateio como minhas
E me mostram se constato 
T’encontrar onde suponho: 
Bem juntinho nesta alma
Que nem supor arrumado
Por ti, com afeto, com calma
Onde perto, lado a lado
Ficam teus olhos e o sonho. 

Joaquim Maria Castanho

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português