2.27.2017

A LENDA DO VASSALO CATIVO




A LENDA DO VASSALO CATIVO 

No reino das cidades maravilhosas
Entre escarpas, entre montes
Havia um canteiro de rosas
Que abarcava três horizontes. 

O primeiro, tocava as frondes 
Da grande árvore das janelas
Que é onde estão todas as vezes de Era Uma Vez
E demais coisas puras e belas
Nascidas dos beijos trocados entre Pedro e Inês. 

O segundo – quase tenho medo de contar… –
Dava para uma ilha de pérolas feita
Das mais apuradas que já houve no mar, 
Que é aonde o sonho espreita
Quando encontra a vida a sonhar. 

E o terceiro, tinha todos os filhos do primeiro, 
Todas as netas do segundo
E ainda mais o resto do mundo, 
Pelo que era um horizonte todo e inteiro
Com nuvens, visões, intermitências 
Credos, artes, ambientes e ciências, 
Com gavetas, prateleiras e estantes
Onde se arrumavam as histórias de até hoje e muito antes, 
Assim como as que ainda faltam contar. 

É nesse reino que eu vivo… 
É ele o meu país. 
E onde exerço o cargo de vassalo cativo
Súbdito do que o teu olhar me diz. 

Joaquim Maria Castanho

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português