8.13.2018

MODINHA DO TEMPO AGORA





MODINHA DO TEMPO AGORA


Esp’rei-te à esquina
Mas não me deste atenção; 
Como qualquer menina
Jogaste pra muito longe
O qu’estava mesmo à mão. 

Neste tempo que é sem tempo
Agora tudo tem um fim, 
Que também não tenho tempo
Pra quem não tem tempo pra mim. 


Se o futuro olha pra nós
E nos olha como hoje, 
Escreve a uma só voz
O qu’à outra voz lhe foge. 

Neste tempo que é sem tempo
Agora tudo tem um fim, 
Que também não tenho tempo
Pra quem não tem tempo pra mim.  

Joaquim Maria Castanho
Com foto de Elie Andrade

MUSA ETERNA




MUSA ETERNA

A morte é um incómodo enorme… 
Vira-nos a existência do avesso. 
Quem amamos até parece que dorme… 
É dano que não mereces, nem mereço! 


E quando na ideia se conforme
Ser possível evitá-la com um Terço
De quanto és, mas ele te informe
Só d’um décimo do que em ti imerso
Navega à deriva no que julgas ser
Então, essa morte é quem por ti vive
Quem percorre os mares, rios, caminhos 
– Os afluentes da liberdade livre, 
Propriedade de quem saltou dos ninhos
Num voo picado pela sã ousadia… 
– Qu’essa sim, é a Musa de toda a poesia!


Joaquim Maria Castanho
Com foto de Elie Andrade

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português