POEMA
DOMINICAL
Pela
orla da luz a pérola da voz
Redesenha
os contornos, as matizes
Onde
toda a gente e cada um de nós
Se
liberta dos seus nós e deslizes...
Mas
ninguém conta por quantos sofreu
Embora
nunca esqueça porque o fez;
Uns
batem no peito e gritam «não fui eu!»
Outros,
a quem nasceu alguma sensatez
Rebatem,
debatem-se com credos vários
E,
só pra serem dos demais contrários,
Mergulham
nas fétidas águas do Ganges
E
castos, misericordiosos e langues
Erguem
olhos prò céu e murmuram: TALVEZ.
Joaquim
Maria Castanho