4.23.2017

DO ALTO DE CASAL PARADO SE VÊ TODO E QUALQUER LADO





DO MIRADOURO DE CASAL PARADO…

Em Casal Parado, as ruas
São como as ruas de qualquer lado
Com portas ímpares e portas pares
Janelas, varandas e paredes nuas, 
Cujas cores variam segundo o pintado
E conforme é vulgar em demais lugares… 

Mas Casal Parado não é igual 
A qualquer outro lado conhecido, 
Pois faz menção de dali se ver Portugal
Não plo que é mas plo que podia ter sido. 

Dali vê-se como se fosse uma geringonça
E este se parecesse a qualquer viatura, 
Que treme como gelatina e salta que nem onça
Quando a economia cresce segura;
Mas se, porém, oscila de incerteza
Traça, planeia e giza em linhas retas
Em direção a muitas dessas metas
Que parecem antídotos prà crise portuguesa.
E que já vem de há muito tempo atrás, 
Mesmo de mil trezentos e oitenta e três
Em que a coisa andava zás catrapus-catrapaz
Pelas desenvergonhices dos nossos reis.

Portanto, está bom de ver (e sentir)
Que em Casal Parado, nada anda sem mexer
Nem nada mexe sem muito rir, 
Tal e qual como costuma dizer
O nosso povo, sadio e bem-apessoado –
E que de Casal Parado não quer sair.

Joaquim Maria Castanho

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português