9.18.2006

Resíduos nucleares espanhóis às portas portuguesas?...


Conforme foi noticiado recentemente, a aldeia de Peque (Zamora, Espanha), candidatou-se a depósito de resíduos radioactivos. Dado encontrar-se relativamente próxima da fronteira portuguesa, particularmente do distrito de Bragança e do Parque Natural de Montesinho, é notória e justificada a preocupação manifestada pela população local e regional, acerca de projectos de semelhante índole, uma vez que deles podem advir sérias ameaças para a bacia hidrográfica do Douro. No entanto, sob a suspeita de que o governo português está "nem aí" para as inquietações dos autóctones, porquanto não parece estar a acompanhar o processo em questão com a acuidade necessária, nem a divulgar os passos dados no sentido de proteger os portugueses e seu património natural e ambiente, das possíveis consequências e perigos adjacentes aos resíduos nucleares espanhóis, já que pela sua localização os nuestros hermanos serão os únicos beneficiários embora partilhando connosco mais de metade dos riscos, ninguém sabe ao certo como reagir à notícia.
A ser verdade, estamos perante sério caso de desinteresse governamental além de escusa de informações claras e rigorosas sobre as intenções de Peque, bem como que diligências foram tomadas face à hipótese deste projecto vir a ser aprovado pelo governo espanhol. O que é grave, pois demonstra que apenas temos governo para as questões laterais da governação, sobretudo as que dizem respeito à reafirmação do poder do Estado sobre a cidadania, mas incapaz de protagonizar activamente a defesa dos interesses nacionais.
Daí que apresente desde já a minha solidariedade com as gentes do Douro, que por também serem Portugal, merecem muito mais!

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
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Onde a liquidez da água livre

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