12.28.2018

AGORA É UMA TRANSIÇÃO DE CURTA DURAÇÃO





O AGORA TEM POUCA DURA



Esse agora tem muito pouca dura
Não é de confiar nem longas esperas
Mesmo sendo previsto ou abençoado; 
Sua pureza ‘tá na grande mistura
Impura qu’o futuro tem do passado.  


O presente, esse muro de lamentações
Com que a gente asperge o passado
E salpica expetativas no futuro, 
Tem por óbice alisar os verões
Emparedar quaisquer primaveras
E fala sempre muito e por dobrado
Das quimeras (as tais aves que são feras)
Acaso se não sinta pleno e seguro.


O presente é um cruel condenado
Que esquece quem foi mal vê o futuro; 
Faz dele caminho em qualquer lado… 
– Com manhã clara apaga ontem escuro!

Joaquim Maria Castanho

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português