1.03.2017

ME ANINHO EM TEU NINHO




ME ANINHO EM TEU NINHO 

Só entre sombras sobramos
Apontamentos na margem difusa
Pétalas no capim dos tempos
Bredos pisados, bermas de várzea… 
Víssemos distância do breve ao perene
E soubéssemos o coaxar dos pauis… 
Se teus passos ecoassem nas veredas
Linhas de sangue, caudal sôfrego 
Intenção de ver-te em contínuo presente, 
Nenhuma história teria folhas caducas
E tua casa seria invisível para quem passa. 

O teu salto no vazio – o primeiro voo! 

Joaquim Maria Castanho    


O PÃO DOS AFETOS





O PÃO DOS AFETOS  

Saudade sem distância
Ou viagem sem partida, 
São vizinhos desta ânsia 
De quem sobe pla descida; 
De quem balança os braços
Ao lés a lés de si mesmo, 
E fica preso nos laços
Que armou neste torresmo
Pra caçar, na desventura,
Algum préstimo ou sorte, 
E cultivar com ternura 
O esquecimento da morte 
– Negra ceifeira do pão 
Feito com o joio da razão! 

Joaquim Maria Castanho   

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português