LETRA I
Nove III, imperador do infinito
Condómino maior na escala decimal
Senhor do fim, do abismo e do esquisito
Faz saber que todo centro é marginal.
Todo o coletivo é individual.
Todo o corpo é sempre um espírito.
Todo o silêncio é seu próprio grito.
E todo bem tem seu correspondente mal.
E mais que isso, se decreta agora,
Que embora diga que és tudo e nada
(Serviço de urgência, base, escora…),
Não há prova que existas realmente:
Só és ponto de partida e de chegada
– Pintinha de sangue no olho desta gente!
Joaquim Maria Castanho