11.21.2016

LETRA R




LETRA R 

Regressar ao sorriso que nos resume
Pérola, redoma, reflexo de nácar, 
Fénix (renascida) das cinzas é lume
E ritual que repete sonho e luar; 
É ritmo renovado para quem rume
Atrás da réstia redonda de cabelos
Que nos aprisionam, só por querer vê-los
Sempre, sempre, sempre e repetidamente
Que o frémito surge, coração frecha
Ao sentir, urge sussurro extremado
Rumando estreme de brecha em brecha
No cabelo atado, como quem fecha
Círculo, regressa sorriso criado… 

Réstia reflexa no rimar nacarado! 

Joaquim Maria Castanho 

LANÇAMENTO DO LIVRO MOMENTOS DE POESIA no HOTEL JOSÉ RÉGIO, em PORTALEGRE








LANÇAMENTO DO LIVRO “MOMENTOS DE POESIA”, ontem, dia 20 de novembro de 2016, no HOTEL JOSÉ RÉGIO, em PORTALEGRE 

Eis três momentos de entre os muitos instantes que marcaram, de forma simples, atrativa e genuína, o lançamento do livro MOMENTOS DE POESIA, que é já o reportório de inúmeros Momentos de Poesia, iniciativa com a periodicidade mensal regular, durante dez anos, coordenada por Deolinda Milhanho, onde o encantamento e magia de poemas e atividades de poetas e poetisas, se terão destacado, nas mais diferentes formas e formatos, incluindo o da palavra dita, lida ou escrita, mas que nos sugerem como a poesia pode surgir sem recurso exclusivo a ela, essa palavra, instrumento de comunicação por excelência, embora que não o único para a sua concretização: no ballet, no fado e no canto polifónico (entoando o hino de Momentos de Poesia, sob a “batuta” de João Banheiro, um dos participantes ativos desta iniciativa). 

A sala do restaurante do Hotel José Régio seria pequena para tanta gente, não fora a temática principal, a poesia, ser já de si, e em si, um aproximamento efetivo, um incitamento ao estreitar de laços, aliciar de sentidos e afetos, recapitular profundidades que foram também, um dia, o à flor da pele desses mesmos dias. 

Desnecessário será afirmar o valor deste tipo de eventos, ou iniciativas, não só porque representam o regressar às origens da poesia, quer nos motivos, quer nos lugares e gentes que a inspiraram, devolvendo-a, assim, ao seu habitat natural, a cidade de Portalegre, seus habitantes e tradições, mas também porque recuperam a atualidade da arte das artes, tornando-a parte integrante do quotidiano, franjas de dia a dia dessa colcha de renda que é a praça pública, massificando-a e fazendo-a visível até para os “olhos” menos sensíveis das sociedades contemporâneas.  Porque são momentos como estes que nos ajudam a recuperar os instantes passados e a presentificar todos os futuros, incluindo os mais imprevisíveis.    
  
Joaquim Maria Castanho 

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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