7.23.2019

DISCURSO DO TRIGUEIRO AO SEU BANDO


  


DISCURSO DO TRIGUEIRO AO SEU BANDO

Aquele que morreu, era vosso irmão.
Tinha uma família que o amava
E todas as primaveras cumpriu missão
Que o destino, ou a vida lhe destinava:
Fazer ninho, alimentar filhos... – Mas em vão.

Aquele que morreu, era vosso irmão.
Não foi pra alimentar nenhuma cobra,
Não foi para alimentar nenhum gato.
Morreu sem um porque sim ou porque não,
Num desperdício de vida e de razão.
Aquele que morreu, era vosso irmão...
Em nenhum planeta há vida de sobra.

Os seus assassinos ficarão salvos
Mas nós continuaremos a ser seus alvos...
Em nenhum planeta há vida de sobra –
Aquele que morreu, era vosso irmão!

Joaquim Maria Castanho

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português