8.16.2006

TER OU NÃO TER VOZ

Tens o olhar
Pronto a dizer
Aquilo que queres calar
Aquilo que queres esquecer.

Tens o olhar pronto a dizer
Que calar é sempre perder.

Tens o olhar.
Pronto: tens o dizer.

Tens o olhar.
Pronto: tens o calar
Por fazer.


VINDO DO VENTRE

Às vezes a gente adormece
Sobre o ventre empinado da companheira
Perde o pesadelo que a sombra tece
Perde o medo de dizer asneira.

Às vezes a gente adormece
Filho e acorda pai prà vida inteira.

Às vezes a gente adormece
Com a cabeça no colo da companheira
E quando de vez acorda, reconhece
Que sonhar só tem jeito dessa maneira.

Às vezes a gente adormece.
E acorda bala de cor certeira.

ILUMINAÇÃO ESPECIAL

Afinal, que seria de mim sem ti
Se me tornaste naquilo que sou,
Que foi ao ver-te que melhor vi
Os caminhos nos passos que dou.

Sem comentários:

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português