8.13.2004

O CHÃO DAS FLORES

No tempo em que "Era uma vez"
Ainda era todas as vezes das histórias
Uma vez houve uma hortênsia
Que colheu uma Leonor e a guardou
No cantinho mais quentinho de sua raiz,
Que, como todos sabemos, é o coração das flores
Filhas dos continentes como dos Açores.

Pois então esta flor que assim fez
Como se faz na vida uma só vez,
Guardou no seu secreto coração
Não quatro flores, duas ou três
Mas apenas uma – vês??... Pois então!

Se estava descalça, ninguém sabe
Ou se não segura ia à fonte,
Mas que era flor que na raiz cabe
Doutra flor é bem verdade,
Tão verdade, que aqui conste.

E como o fez? Quem ouviu?
Quem reconheceu tal magia?
Quem aos anjos e a Deus pediu
Poder fazer o que a flor fez um dia?!...

Do que ao mundo foi notícia
E se disse na TV e jornais,
É que além de seu pai, mãe e irmão
Houve também um alentejano torrão
Que colheu essa hortênsia
Para a plantar no seu árido chão
De onde não saiu jamais.

E aí, a flor que tinha na raiz
Uma Leonor simples e bela
Floresceu tanto, que ainda hoje se diz

Ser aquele somente o jardim dela!

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La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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