8.17.2023

PULSAR ALONGADO

 

P U L S A R    A L O N G A D O

 

Absorvo a causa mas a casa absorve-me

Absorve pela luz, desliza fugazmente

Como quem se exila na sombra da derme,

Pele verde da terra molhada, crente

Sem crenças, aspergida breve, fugidia

Pelo sonho que teve na própria poesia…

 

E a causa é da casa, não é de ninguém

Antro cerzido em água fria, tecida

A horas cruzadas com horas, com vida

Por mais vida entretecida sem entretém,

Nem sequer outra coisa além da ousadia

Que habita no sonho da própria poesia.

 

Absorvo-me, mas reescrevo-me, também

Tal reescrito é cada verso, cada dia

Quase estrofe de balanço, nesse vaivém

Com que o ritmo marca a própria poesia.

 

Joaquim Maria Castanho

17.08.2023

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La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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