4.28.2014


A ESPERANÇA REMANESCE SEMPRE QUE MAIO ACONTECE

 

 

Que fizeram de realmente notável os nossos políticos do establishment parlamentar português nos últimos 30 –  trinta!, curiosamente tantos quantos foram os dinheiros por que Judas vendeu o Mestre... –  de intensa e propalada atividade em prol da sociedade portuguesa aberta e para todos os homens e todas as mulheres? Esturraram as receitas dos impostos, o dinheiro que a União Europeia nos enviou para a convergência e AINDA contraíram substancial e nutrida dívida. Ou seja, fartaram-se de trabalhar, já que são precisos muito suor, sangue e lágrimas, para prejudicar tantos portugueses e portuguesas e tão pouco tempo.

Em consequência, pelo superlativo lusitano deste valoroso feito, devemos agradecer-lhe neste maio tão promissor como os demais maios que todos os anos se repetem, embora que dando-lhe um significado muito especial porque acarreta consigo o exercício da legalidade democrática que abril nos legou: exatamente, as eleições livres e por sufrágio universal para o Parlamento Europeu. E precisamente esse parlamento onde se poderão juntar os representantes eleitos pelos diversos povos europeus que não abdicam do seu direito de construir uma União Livre das Nações Soberanas da Europa, mobilizando-se em torno das conclusões da CONFERÊNCIA OPERÁRIA EUROPEIA de Paris, realizada em 1 e 2 de março p.p.

Sobretudo porque a esperança dos trabalhadores e trabalhadoras de todos os nossos países europeus (incluindo os que se veem a braços com a atual crise, como Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália, França, ... ) se fundamenta na sua própria capacidade de se aliar com as suas organizações, cuja independência é inalienável, de forma a abrir caminho na consolidação dessa Europa Livre e Soberana, que se quer cada vez mais justa, mais inclusiva, mais responsável, mais consciente, mais coesa, mais progressista, mais determinada, mais democrática, mais participativa, mais evoluída, mais humana, mais internacional, mais socialista, e menos elitista, menos tecnocrata, menos economicista, menos partidocrata, menos fundamentalista, menos exploradora e menos colonial, bem como menos dependente do grande capital, que apenas a vê como um bom e rentável negócio, onde o nível e qualidade de vida dos seus cidadãos não passa dum ato de compra e venda do qual pode recolher proveitosos resultados. E essa é uma decisão objetiva e incontornável que estamos dispostos a levar por diante, recorrendo a todos os meios legalmente estipulados, a fim de o conseguir.

 

   Joaquim Maria Nicau Castanho, candidato ao Parlamento Europeu, residente e natural de Portalegre, na lista do POUS – Partido Operário de Unidade Socialista.

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