6.02.2006

“Os Verdes” entendem que o veto dado pelo Presidente da República à Lei da Paridade não constitui um óbice à participação das mulheres na vida política, até porque “Os Verdes”, no Parlamento, haviam votado contra a Lei da paridade.

E dizemo-lo como partido que, quer no Parlamento quer fora dele, tem tido sempre uma forte participação de mulheres. Relembramos que tivemos sempre um grupo parlamentar constituído por um homem e uma mulher (50% participação feminina) e durante muitos anos até por duas mulheres (100% participação feminina). Relembramos que a nova direcção nacional dos Verdes, eleita na última Convenção realizada nos passados dias 26 e 27 de Maio, tem uma composição que integra 46% de mulheres.

Esta participação feminina na vida dos Verdes resulta não da imposição de quaisquer quotas, mas de uma forma de organização e funcionamento do partido ecologista que respeita todos os seus activistas e que os motiva para a participação.

A participação de mulheres na vida política e nas listas eleitorais, por via da sua participação activa na vida dos seus respectivos partidos, não é fomentada por decreto mas sim por definição dessa participação como verdadeiro objectivo de funcionamento dos partidos políticos.

“Os Verdes” realçam o argumento do Presidente da República de que a Lei da Paridade constituía uma ingerência na vida interna dos partidos e consideramos que o PS tem que se acostumar a resolver os seus problemas internos por via de decisões partidárias e não por via de leis da república.

O Gabinete de Imprensa
2 de Junho de 2006

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