10.28.2021

SONETO MATINAL

 


MOSTO MATINAL


Esta noite atravessou-se-me a madrugada

A meio do caminho, vinha vestida de breu

Com cada constelação d’estrelas estampada

Num imenso sorriso que não era só seu…


Quis-me parecer c’apertava numa das mãos

Um diamante por lapidar, duro e preciso

A brilhar por entre os dedos justos irmãos

Que edificam o mundo, pela mó do juízo.


As franjas do xaile, onde os fados dançam

Eram promessas de chuva a pingar plas costas,

Se o suor dos que tentam é o dos que alcançam.


O chão de neblina se afasta pròs deixar passar

E sobre as dúvidas frias, infiéis e expostas

Pisam o fruto e os engaços do dia a chegar!


Joaquim Maria Castanho

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La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português