11.07.2017

VER ESCURO NO ESCURO




VER ESCURO NO ESCURO

A besta cega do breu oxidado
Que escreve poemas de escuridão
Nos icebergues do ser silenciado
Existente nas estrofes da ilusão, 
Desceu aos antípodas deste lado
E do outro, com um caneto de carvão
Pra riscar dos muros o giz imaculado
Dos grafites de luz que há no trigo, pão, 
E disse, lá da janela do sobrado
Como se fosse a Senhora do planeta:
– O que só em nós estará esgotado
Não são os recursos, nem a esperança
Mas simplesmente a falta de cuidado
Com que subscrevemos qualquer treta
Patranha, sentença, lei e orçamento
Dando-lhes nosso aval e confiança,
Sem antes lhe ajuizar bem do intento!

Joaquim Maria Castanho 

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La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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