( O Waldemar faleceu, um dia…
Mas para que a sua alma não expire também
Aqui fica a sua poesia:)
TRÊS POEMAS E UMA SOLTA
De Waldemar Thomaz Ventura
Por que razão me castigas
1.
Eu ando à tua procura
Buscando a minha ventura
Que no teu bom peito abrigas,
Sabendo por boa gente
Que te não sou indiferente,
Por que razão me castigas?
2.
Por que razão me não dizes
Se temos sido infelizes,
Que o passado não importa...
Melhor tempo há-de chegar
Que o diabo, como o azar,
Não estão sempre atrás da porta!
3.
Se és a mulher dos meus sonhos
Dos mais sérios e risonhos
E em quem penso a toda a hora,
Então estende-me a tua mão
Abre-me assim o coração
Para a sorte entrar agora!
4.
Nem sempre o vento agreste
Nos traz infortúnio e peste
Em renegadas cantigas...
Pois se ao teu amor ardente
Eu te não sou indiferente,
Por que razão me castigas?
Não me deixes morrer
1.
Quando à noite a teu lado, à brisa amena
Vejo no céu o cintilar das estrelas,
Teus olhos brilham mais, linda morena
E têm maior encanto, que qualquer delas!
2.
Só quando à força da ternura louca
Sentes meu peito a palpitar no teu,
E aos beijos bons me dás na boca
Bendigo a sorte que nos aconteceu!
3.
Mas quando na vida, apagada, exangue,
Julgares que te posso por dor perder,
Abre-me os teus lábios cor de sangue
E encara-me a sorrir para não morrer!
4.
Porém, se mesmo assim não conseguires
Que a morte ao teu amor me vier roubar,
Vem junto a mim, amor, quando partires,
Pois mesmo no Além te hei-de amar!
(Solta)
Mulher, que escrava és
Do homem e preconceitos,
Que pra teu mal inventou:
Desde a cabeça aos pés
Tu tens os mesmo direitos
Que aquele que os criou.
Porque é que a morte não vem
(Mote)
Oh, que vida atormentada!...
Porque é que a morte não vem?
Ficarias enfim sossegada
E eu sossegaria também!
(Glosas)
1.
Porque me foges, meu bem,
Se por mim és adorada?
Eu sofro como ninguém...
Oh, que vida atormentada!
2.
Chego a desejar a morte
Pra meu sossego, e porém
Só me persegue a má sorte...
Porque é que a morte não vem?
3.
Sei que sofres como eu,
Embora mais resignada...
Mas abrindo teu peito no meu
Ficarias enfim sossegada!
4.
Depois, com todo o carinho
Que do coração nos provém,
Daríamos um longo beijinho
E sossegaríamos também!
Convite para partilhar caminhos de leitura e uma abertura para os mundos virtuais e virtuososos da escrita sem rede nem receios de censura. Ah, e não esquecer que os e-mails de serviço são osverdes.ptg@gmail.com ou castanhoster@gmail.com FORÇA!!! Digam de vossa justiça!
1.11.2007
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