Convite para partilhar caminhos de leitura e uma abertura para os mundos virtuais e virtuososos da escrita sem rede nem receios de censura. Ah, e não esquecer que os e-mails de serviço são osverdes.ptg@gmail.com ou castanhoster@gmail.com FORÇA!!! Digam de vossa justiça!
4.27.2019
4.25.2019
4.24.2019
UTOPIA PESSOAL
UTOPIA
PESSOAL
Se
pudesse, esquecia-te (já)
E
nunca mais te veria;
Mas
temo tanto por mim
Como
temo pla poesia.
Fazia-m'o
breve que abrevia
Ápice
entre está e não 'tá,
Prestes
a ruir, assim
Sílaba
o enuncia.
Punha
o querer num punhado
Mancheia
de versos disformes,
Onde
as sombras, enfim
São
luz, são a maresia.
Dava-lhe
haver por sobrado
Despensa,
sementes e fomes;
Alguns
ramos de alecrim
Prò
odor da melodia.
E
então, quando conseguisse
Já
predicado sem sujeito
Havia
de dizer: «Se pudesse
Tirava-te
também do peito!»
Joaquim
Maria Castanho
4.23.2019
DA SANIDADE DOENTIA
DA
SANIDADE DOENTIA
Por
tantos nós ter já da vida ganhado,
Ficou-m'a
voz mais grossa e espessa
E
com sotaque meio arrevesado
Digo
umas coisas pra falar doutras
Como
alguns poetas mortos imortais
Se
liam odes aos manequins das montras
Editados,
dia seguinte, nos jornais.
Aproximou-se
da gripe hepática
Ou
da azelhice tipo “pouca prática”
Caraterística
dessa comum gente
Que
parece sã mas está tão doente
Que
só vê que quer – movendo-s'estática.
Joaquim
Maria Castanho
4.19.2019
NUVEM APRAZÍVEL
NUVEM APRAZÍVEL
A poesia é imprevista
Tal uma trovoada d'abril;
Pega a arte e o artista,
Surpreende poetas, aedos,
Afia nomes pelo esmeril,
Revela íntimos segredos
– Mesmo os escondidos de nós
Nas cavas profundezas da voz.
A poesia subverte os sons,
Os significados distantes
E os próximos; dá meios tons
Aos tons que entoara antes;
Mas, principalmente, é fugaz
E só por instantes nos apraz.
Joaquim Maria Castanho
Etiquetas:
Endechas a Bárbara Joana,
Há Luz no Escurecer,
L and L
4.17.2019
OUTRA RECAÍDA
OUTRA RECAÍDA
Recaio,
Sempre recaio...
Depois de ter jurado
Nunca mais te pôr a vista em cima,
Eis que esfriado
Saio
E caio
Em fazer-te mais uma rima.
A poesia desceu à rua
Era já manhã cerrada,
Trazia manto cor de lua
Olhar de mulher desejada.
Plo andar era liberta
Dengosa flor, estrelada
Pétala, a boca, desperta
Pròs suspiros duma toada.
Fiquei sem jeito, portanto
Ao reconhecer que sou assim...
Basta sorrires, e logo o santo
Que era, foge pra longe de mim!
Joaquim Maria Castanho
4.13.2019
A SAUDADE NUNCA ESPERA
A
SAUDADE NUNCA ESPERA
Solícita
e serena
A
saudade se acerca...
E
com subtileza terna
A
meu coração aperta,
Espreme
dor aquosa
Pra
escrever dolorosa
Com
tinta de ausência,
Esse
espinho sem rosa
Ou
luz sem transparência
Do
amor, sem a amada;
Da
áurea sem madrugada
– Sombra
que nasce do nada
Como
se só fora palpitação,
Batida
negra na escuridão
Solícita
e serena
A
saudade nunca espera:
Abre
caminho plo coração
De
quem ama e venera!
Joaquim
Maria Castanho
4.12.2019
POEMA (IN)PRÓPRIO
POEMA
(IN)PRÓPRIO
A
história regista
Porém,
o amor, inventa
Para
que nela exista
O
algo que nos assenta
Como
terno por medida
E
haja de facto vida.
Mas
não posso dizê-l'assim
Àquela
que é a poesia,
Pois
se olhou para mim
Fingiu
que não me via...
Aí,
a história inventa
Lume
brando, chama lenta,
E
o amor é só memória
Que
repete se faz e cria
Nossa
própria história.
Nesses
dias sofro duro.
Amar
não é pera doce:
É
espécie de futuro
Que
só nasceu do passado
Pra
repeti-lo copiado...
Só
que a cópia alterou-se!
Joaquim
Maria Castanho
Etiquetas:
Endechas a Bárbara Joana,
exactamente hoje,
Há Luz no Escurecer,
Hoje,
Iniciativas
4.05.2019
A CAUSA (MOTIVADORA)
A CAUSA (MOTIVADORA)
Suave
e doce ela desliza
Pela
estrada do meu peito...
Então,
meus olhos vão na brisa
Deixada
lá plo seu jeito
Fragrância,
sonho que não desiste
Nem
traz vinco, não tem nervura
Mas
antes o aroma qu'existe
Na
flor com pétalas de ternura;
Talvez
cinco, talvez dez, em suma
Tal
mão se outra nela segura,
Pois
dos dias é essa espuma
Que
deles nasce e se aventura
Demasiado
viva pra sonho ser
Mas
tão pujante, que faz viver!
Joaquim
Maria Castanho
4.04.2019
DIAS ADVERSOS
DIAS ADVERSOS
Todos
os dias
Há
pequenos desencontros
Que
são grandes desgraças.
Em
alguns dias
Há
esse encolher de ombros
Se
espero mas não passas.
Todos
os dias
Há
desencontros tão fatais
Que
até as sombras doem.
Em
alguns dias
Sofro
tanto com'os demais
Que
desesperados sofrem.
Hoje
estou assim...
Em
alguns dias
Todos
os dias são pra mim!
Joaquim
Maria Castanho
4.03.2019
4.02.2019
A IMACULADA PRONTIDÃO
IMACULADA
PRONTIDÃO
Hei
de rasgar a voz
Com
notas de sofreguidão,
Que
o amor somos nós
Ao
soltar os pés do chão.
Consente
o avelã de teu olhar
Sob
meu suspiro imediato,
Teus
lábios de líquen manso
Aflorando
a palavra retrato;
As
coxas em moldura singular
Enquadram
desenho abstrato
Do
desejo, aberto pomo a pulsar
Em
cujo sonho eu me balanço,
Qu'é
esse intransigente transe
A
suma pose do poema amante
Se
à boca do grito o rosto franze
E
só por dentro o corpo salta adiante.
Hei
de rasgar a dor
Com
as unhas da solidão,
Que
o poder do amor
Gera
a imaculada prontidão.
Joaquim
Maria Castanho
4.01.2019
A TÁBUA DE AJUIZAR
A
TÁBUA DE AJUIZAR
Creio
haver algo que me mantém
Tão
deverasmente insatisfeito,
Que
não sei onde nasce, d'onde vem
– Se
da mente ou se do peito...
Traz
quase tudo pra ser pensar,
Porém
sinto que é mais que isso:
Às
vezes, leva-me ao verbo amar;
Outras,
tão-só a perder o juízo
– Como
se ele fosse coisa tida
E
não balança para ponderar
O
que nos acontece na vida!
De
medir o certo e o errado,
Suas
amplitudes e cumprimento,
Onde
o pecado é um bocado
Que
escapou ao entendimento
De
bem auscultar o interior
Olhando
de fora, demorado
A
discernir se acaso o amor
Tem
alguma coisa d'ajuizado.
E
dar, então, por concluído
Que
o que se mede por humano,
Embora
faça das veias um cano
Anda
nas famílias diluído.
Joaquim
Maria Castanho
CÉREBRO DO CORAÇÃO
O CÉREBRO DO CORAÇÃO
Entrelinha
executável dum sonho
O
sentido prático, já divisório
Afirma,
contradiz, exige amanho
Pra
qu'o sonhador dele seja meritório.
É
espinha prosaica dessa angústia
Que
fustiga, espicaça para a ação;
Vontade
crispa-se célere e rústica
– Sangue
invade cérebro do coração.
O
instante é de esperas recheado
E,
se antes fugaz, fica ora pesado
Emitindo
flashs de tão alta tensão
Que
o sangue, iluminado, ao pulsar
Ribomba
e ouve-se quase troar.
Joaquim
Maria Castanho
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