4.21.2006

A CIDADE DOS FURIMENTOS


As máquinas abrem furimentos na cidade.
Não descansam e abrem furimentos
mais furimentos, muitos furimentos.
Depois os homens tapam os furimentos
e as máquinas abrem os furimentos outra vez.
E os homens ficam cansados e as máquinas não.
Mas os homens não podem parar e descansar
porque as máquinas não descansam e não param.
E as máquinas abrem, abrem, abrem os furimentos
e os homens tapam, tapam, tapam os furimentos


mas um dia qualquer ficam lá dentro tapados
pelos homens novos que vêm tapar


os furimentos.


Constança Parelho
(Portalegre, 05.04.2006)


A RAZÃO QUADRA(DA)


A razão não se perde
A razão não se ganha,
É chama que nos arde
Na luta contra a manha!

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português