NUNCA É TARDE
É… as horas resignam-se devagarinho
Minuto a minuto em cliques cinzentos,
Espalhando a tarde à toa plo caminho
Para não perder sementes nem alentos;
Sequer desentorpecidas aspirações,
Que quem rega as rosas rega espinhos
Pelos caminhos das tardes e dos serões…
Que o prazer é aquilo que se vai fazendo
Nas costas dos pecados e das confissões,
Minutos que subindo se veem descendo
Se a tarde se alheia de tardias opiniões.
Joaquim Maria Castanho