O SINAL
Prenúncio do que irá acontecer
(Plantar de figueira no caminho,
Queda, trepidar que deita ao chão…),
Foi anúncio do que não quero crer
Feito às portas de meu destino;
Aviso de que ficarei sem te ver
No preenchimento duma previsão,
Só acontecida por demais temer
O que me é contrário ao coração.
Por vezes, infligem-nos os deuses
Sofrer superior às capacidades
Que temos, em cruéis entremezes
Onde se divertem com as verdades
Que tornam as almas animadas,
Demonstrando serem ínfimos nadas
Os humanos anseios (felicidades),
Obrigando-nos a contínua provação.
Porém lhes digo: Só quem sabe dar a mão
E nos ajuda a erguer a fronte aos céus,
Reconhece o amor nos súbditos seus,
Merece da humanidade absolvição…
Seja ou não, pelo Olimpo, um deus!
Joaquim Maria Castanho