HUMANIZAR A ECONOMIA: RECICLAR, INOVAR E REPARTIR.
“Todas as políticas da União Europeia devem integrar um elevado nível de protecção do ambiente e melhoria da sua qualidade, e assegurá-los de acordo com o princípio do desenvolvimento sustentável.”
Artigo II – 37º, do Tratado Para a Constituição da Europa
Companheiros e companheiras:
Quase tudo aquilo que a gente ignora é algo por demais sabido e tido como seguro e assente por muitos outros. Daí que quanto mais acentuada for a diferença entre nós e os nossos semelhantes, mais a sua vida díspar da nossa, mais os seus valores contrários aos nossos, então maior será a riqueza daquilo que eles têm para nos transmitir.
É impossível sujeitar todos os discursos (ou jogos de linguagem e poder) à autoridade de ideologias partidárias que se pretendem como síntese do significante, do significado e da própria significação, ou seja, enquanto discurso universal e consistente, tal e qual como tem sido apanágio dos politólogos das nossas sacrossantas maiorias sociais democratas e socialistas, únicas praxis e mentalidades responsáveis pela crise económica, de falta de credibilidade na democracia e falência generalizada da qualidade de vida dos portugueses, do caos das finanças públicas e da ingovernabilidade do país que ora atravessamos, posto que esta crise é “a prova provada”, o algodão imaculado e felpudo que não engana, de como a sociedade e as relações sociais se não podem fundamentar por muito mais tempo num sistema económico baseado no produtivismo e no consumismo que subsistem à custa da exaustão dos recursos naturais, da exploração do homem pelo homem, do atavismo empresarial e público corporativista do establishement e da contínua negação ou espúria resistência à inovação tecnológica. Porque para resolvê-la não bastam um conjunto de medidas avulsas de reafirmação do discurso da autoridade partidária que se apoderou do Estado, nem a arrogância do metadiscurso de uma maioria eleita à custa da vendeta e descontentamento primitivos, mas sim de um relançamento da economia baseada no desenvolvimento humano, numa evolução qualitativa em que o progresso tecnológico seja orientado para as necessidades reais de uma população a braços com a integração num mundo em constante mudança e somente alicerçado na incerteza duradoira. Um projecto ecologista que se escore nas regras da sustentabilidade, se bata pela construção da sociedade do bem-estar contra o mito da quantidade (e a qualquer preço), gerador de desperdícios crescentes e assimetrias inúteis que ameaçam a devastação do tecido económico e conduzem de forma assertiva à dependência absoluta dos financiamentos europeus e consequente ruptura da identidade nacional.
O essencial é invisível aos olhos, como dizia o principezinho para a serpente no tempo em que os homens acreditavam que as raposas e o coração falava mais alto que a lógica fiduciária, que a razão era mais forte que os interesses mercantilistas, e a necessidade era mais substancial e motivadora que a fartura. Para se vencer a mediocracia instaurada não basta portanto ser ternurento para os interesses sibilinos, pérfidos, proféticos e sinuosos dos partidos instalados no poder da economia e na economia do poder, mas ter em linha de conta quanto é imperioso e urgente agir antes que a luta pela vida se degrade em luta pela sobrevivência, o que torna absolutamente interiorizado e assumido na consciência de cada um a premência factual e decisiva de como o espírito ecologista e ambiental, não só deve estar disseminado por todos os quadrantes da sociedade e sua gestão, como também superintender e tutelar todas as políticas sectoriais, enquanto dado de base imprescindível para a ultrapassagem e superação da mecânica economicista do desenvolvimento, as mais das vezes simplesmente de resposta às expectativas e interesses pessoais ou de grupos financeiros, o que o torna aleatório e desnecessário do ponto de vista colectivo, a fim de privilegiar da produção e emprego o todo social, e não apenas alguns sortudos beneméritos, esclarecer transversalmente a vantagem competitiva da informática e da robótica, recuperar e investir nos recursos renováveis e produtos da cultura e do conhecimento, estabelecer as balizas da sustentabilidade económica enquanto tabela para as sustentabilidades sociais local e global.
Portanto considera-se necessário rever o papel do Estado em todos os domínios onde a sua tutela anula e neutraliza a criatividade e capacidade de realização, quando fomenta o incentiva a desresponsabilização dos cidadãos, ou quando serve exclusivamente como instrumento ao serviço dos poderes económicos instalados; como é igualmente necessário que combatamos o centralismo e o autoritarismo que logicamente lhe está associado.
Convite para partilhar caminhos de leitura e uma abertura para os mundos virtuais e virtuososos da escrita sem rede nem receios de censura. Ah, e não esquecer que os e-mails de serviço são osverdes.ptg@gmail.com ou castanhoster@gmail.com FORÇA!!! Digam de vossa justiça!
6.02.2005
Subscrever:
Mensagens (Atom)
La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Onde a liquidez da água livre
Arquivo do blogue
- ► 2019 (152)
- ► 2017 (160)
Links
- A Aliança
- A Cidade e as serras
- A Dobra do Grito
- A Espuma dos Dias
- A Sul
- A Vida Não É Um Sonho
- AMI
- Abrupto
- Ad-Extra
- Aldeia T
- Alentejanos de Todo o Mundo Uni-vos
- Alexandria à Gomes de cá
- Algarve Renovável
- Alguém Me Ouve
- Almocreve das Petas
- AmBio
- Amazónia
- Amigos do Botânico
- An Ordinary Girl
- Ante-Cinema
- Ao Sabor do Toque
- Astronomia 2009
- Aves de Portugal
- Azinheira Gate
- BEDE
- BIBLIOTECÁRIO DE BABEL
- Barros Bar
- Bea
- Bede
- Biblio
- BiblioWiki
- Bibliofeira
- Bibliofeira
- Biblioteca António Botto
- Biblioteca Digital
- Biblioteca Nacional
- Biblioteca Nacional Digital
- Biblioteca Nómada
- Biblioteca do IC
- Bibliotecas Portuguesas
- Bibliotecas Públicas Espanholas
- Bibliotecas-
- Bibliotecário de Babel
- Bibliotecários Sem Fronteiras
- Biodiversidade
- Biosfera
- Blog dos Profs
- Blogs em Bibliotecas
- Blogue de Letras
- Boneca de Porcelana
- Burricadas
- CEAI
- CFMC
- CIBERESCRITAS
- Cachimbo de Magritte
- Caderno de Paris
- Campo de Ideias
- Canil do daniel
- Cantinho das Aromáticas
- Canto do Leitor
- Capas
- Casa da Leitura
- Centenário da República
- Centro Nacional de Cultura
- Centro de Estudos Socialistas
- Cercal da Eira
- Ciberdúvidas
- Circos
- Citador
- Ciência Viva
- Clima 2008
- Clube de Jornalistas
- Coisas Simples e Pequenas
- Coisas da Cristina
- Coisitas do Vitorino
- Comer Peixe
- Cometas e estrelas
- Comissão Europeia Portuguesa
- Companha
- Conjugador de Verbos
- Crescer Com Saúde
- Crítica Literária
- Crónicas do Planalto
- Câmara Clara
- DAR
- Da Literatura
- Da Poesia
- Deixa Arder
- Depois do Desenvolvimento
- Devaneios
- Diagonal do Olhar
- Dias com Árvores
- Dicionário de termos Literários
- Diário da República
- Doce Mistério
- Dona Gata
- Dreams
- Ecologia Urbana
- Ecosfera
- Edit On Web
- Educação Ambiental na Net
- Ellenismos
- Ensayo Pessoa
- Escola Pública
- Escolhas de Sofia
- Escribalistas
- Espiritismo
- Estação Liberdade
- Estudio Raposa
- Eurocid
- Evolução da Espécie
- Extratexto
- Farol de Ideias
- Fauna do Cerrado
- Ferrus
- Ficção
- Floresta do Interior
- Folhas de Poesia
- Fongsoi
- Fonte de Letras
- Fotos da Natureza
- Fotos do Nick Brandt
- Fratal 67
- Frenesi
- Fundo Português do Carbono
- GOSGO
- Google News
- Governo
- Gulbenkian
- HSI
- Habitat Ecológico
- História universal
- IDP Democracia Portuguesa
- Ideotário
- Impressões Literárias
- Incrivelmente Perto
- Infografando
- Instituto Camões
- Jacques Brel
- Jornal das Freguesias
- José Saramago
- Justiça e Cidadania
- Justiça e Democracia
- Kampus de Ideias
- LER
- Leite de Pato
- Leitora Crítica
- Leoa Verde
- Linha de Pesca
- Literatura e-
- Livre Expressão
- Livros e Críticas
- Lumiarte
- Lusa
- Lusitânica
- Luso Borboletas
- Madeja de Palabras
- Malaposta
- Maldita Honey
- Manuela
- Maria Clara
- Missixty
- Movimento Perpétuo
- Movimento Rio Tinto
- Mundo Ecológico
- Mundo de Pessoa
- Mundo dos Golfinhos
- Mutações
- NICK BRANDT
- Nada Niente
- National Geographic
- Natura
- Nick Brandt
- Nobel Prize
- Notas e Apostillas
- Notícias de Castelo de Vide
- Nova Economia
- Nova Floresta
- O Bocas
- O Boomerang
- O Coiso
- O Currupião
- O Escribalista
- O Fingidor
- O Indigente
- O Janesista
- O Parcial
- O Silêncio dos Livros
- OIT
- OREE
- Objectiva Campo Maior
- Oficina de Poesia
- Olho Neles
- Omj
- Ondas 3
- Opinião Socialista
- Os Ribeirinhos
- Os Verdes
- Othersky
- POUS
- POUS Portalegre
- Palavra Criativa
- Pandora e Adrian
- Parlamento
- Parlamento Global
- Partido Pelos Animais
- Pedro Marques
- Per-Tempus
- Photo-a-Trois
- Photos e Scriptos
- Pimenta Negra
- Planeta Azul
- Planeta Azul
- Plano Nacional de Leitura
- Podolatria
- Poemas Diários
- Poesia Ilimitada
- Poesia Saiu à Rua
- Poesia de Gabriela Mistral
- Poesias e Prosas
- Ponto
- Ponto Cinza
- Por Mão Própria
- Por Um Mundo Melhor
- Porbase
- Porosidade Etérea
- Portal da Literatura
- Portal da Língua
- Portalegre On Line
- Português Exacto
- Presidência da República
- Projecto Gutenberg
- Projector do Sótão
- Putas Resolutas
- Pés de Gata
- Qualidade do Ar
- Queridas Bibliotecas
- Quintas Com Livros
- RELEITURAS
- Raquel
- Raízes
- Receitas da Lígia
- Reconstruir a Esperança
- Rede Cultural
- Releituras
- República Laica
- Reservas Naturais
- Retalhos de Leitura
- Revista Diplomática
- Revista Portuguesa
- Rio das Maçãs
- Robot Intergaláctico
- Rouge de Garance
- Rua Nove
- SEVE
- SOS Praia Azul
- SOS Vida
- Sais de Prata
- Sara
- Sara P
- Saumon
- Schmoo-Schmoo
- Schopenhauer
- Selvagens
- Seve
- Sinusite Crónica
- Sob Pressão Não Consigo
- Sociedade Civil
- Sombra Verde
- SonoPoesia
- Stand-Up
- Tempo das Cerejas
- Terra de Encanto
- Todas as Letras
- Tu Indecisa
- UALG
- UNESCO
- Umbigo
- Ursula
- Usina de Letras
- Utopia
- Verduras Factuais
- Verão Verde
- Viagens no Meu Sofá
- Viajarte
- Vida Involuntária
- Vida das Coisas
- Viver Literatura
- Walkyria
- Wild Wonders
- Wildlife
- Y2Y
- Zeariel
- e-cultura
- kARINA
- À Margem
- Árvores do Norte
Acerca de mim
- Joaquim Maria Castanho
- Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português