TEMPO SEM FIM
Ainda tenho o olhar preso
Na trança de teu cabelo,
Mar rematado mas ileso
Onde naufrago por vê-lo.
Ainda escuto a tua voz
Nesse instante d’atenção,
Por cujo tom ecoam em nós
Címbalos de magia e condão.
Ainda agora fosse ainda
Meu olhar nascido em ti,
E já era elo que não finda
Preso à trança em que o vi.
Que ainda é tempo sem fim;
Começa assim que te vejo
Prà’cabar depois de mim…
– E rimas deste versejo!
Joaquim Maria Castanho
(Foto: Imagens Google)