VERSÃO PLAUSÍVEL
Sob as pálpebras
O poema perfeito,
A sílaba divina;
E, do mesmo jeito,
Entre álgebras
O céu azul ensina
À nuvem o caminho,
O vento peregrino…
A cruzada é ímpar…
Viés imperecível,
Esquina ao destino
– Mas concreto só o olhar
Entre tudo o mais:
Versões especiais
Do que é plausível.
Joaquim Maria Castanho
OBRIGADO
Mereces cada sílaba deste poema
De reconhecimento, e de gratidão,
Pela maneira aprazível e amena,
Pelo jeitinho de fada, cujo condão
Faz magia, faz poesia pura, serena,
Tão natural ou dentro da ocasião
Que o sonho plural nasce na dimensão
Duma realidade que vale a pena…
É esse mistério, pérola do segredo,
Capaz de sepultar algum cemitério
Habitado pelos urubus do medo,
Que tentam implantar o preconceito
E a segregação como razão social;
Que fazem da ignorância um pleito
Para a estuporice do bem e do mal.
Joaquim Maria Castanho