OUVIR A LUZ
Inebriado pla sede e sofreguidão
Osculo cada pétala do instante;
Sonho que também tivera por tua mão
A razão de ser plena e circunstante.
A ela deve a fruta o ser doce e sã.
A ela deve o pão seu mister sagrado.
E por ela o sol nasce em cada manhã
Quente, reconfortante e “iluminado”.
Tem no brilho mesma forma de sorrir
Que tu tens quando o fazes (natural);
Mas se fala… Então, é luz de ouvir
Sem sofismas nem fintas pra iludir…
Só simples, clara e sem outra igual
– No passado, no presente e no porvir!
Joaquim Maria Castanho