10.06.2003

Na leitura sumária de um romance de ficção científica a primeira sensação que se deve ter, para entrar no texto e usufrui-lo ao máximo, é a de que estamos em frente a algo tão real que o seu autor teve que expressá-lo de maneira a que ninguém tivesse dúvidas acerca da sua irrealidade... Ou seja: ele tem mais medo disto ser verdade do que nós, e por isso apenas concedeu publicar a sua fantasia de forma a que não se acreditasse nela. Serviu-se do futuro para relatar o "seu" presente, ou o mundo em que habita. Está a praticar um acto de mágica, mostrando-nos o que existe como se ainda não existisse. Depois... Bem, é apertar os cintos e levantar voo!
E, curiosamente, não nos custa muito, e até estamos desertos de o fazer!... Gostamos de o fazer. Estamos ansiosos por fazê-lo. A FC é a consequência directa do desejo de eternidade que o homem encerra no mais recôndito de si. É, no rodopiar incondicional da espiral existencial, a tentativa de abranger todo o cosmos e todo o tempo. Sem esta apetência, esta ansiedade, não teríamos vontade de futuro, quer idealizando-o, quer preparando-o, como influenciando-o a partir do presente!
posted by jcastanho

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português