OUTUBRO PRIMAVERIL…
T'eclipsaste na dúbia tarde
Resguardo de Afrodite caído
O marmóreo ombro, destemido
Cruzando o tempo sem alarde
No espaço dum quando se solta
– E eu rogo-te… «Volta!»
Porém, ficaste tão-só de perfil
Que o sol em verbo s'espraiou,
Ficou perdido, esquecido
E entre o anil celeste voou
Na peugada dum outro abril
Que, afinal, nunca chegou!
Joaquim Maria Castanho