SONETO COM SABOR
Esticou-se o malandro na labuta
Que a refrega trazia obrigações,
Qu’o mais nobre dos nobres também luta
Plo seu quinhão entre tantos comilões.
Se foi carimbado prà dita conduta
Todas e todos conhecem suas razões,
Pois nesse dia nem sequer comeu fruta
Por ter medo de se borrar nos calções.
Muito se susteve, tanto se segurou
Que ainda hoje lê, pensa, e escreve
Com as letras tintas e brancas que ganhou –
Tudo gorduras puras, sãs e cristalinas
Tal qual demais meninos e meninas.
Joaquim Maria Castanho
(Excerto de foto de Cesaltina Miranda)