CONCLUSÕES DA REUNIÃO DA JUVENTUDE DO PARTIDO ECOLOGISTA “OS VERDES”, EM COIMBRA
A Ecolojovem – “Os Verdes”, Juventude do Partido Ecologista “Os Verdes”, reuniu no passado Sábado, dia 28 de Junho, no Ateneu da Cidade de Coimbra.
Esta reunião teve como mote a discussão e análise de temas ligados ao ambiente.
A Ecolojovem – “Os Verdes”, ao longo dos anos, tem alertado para os problemas ambientais que afectam Portugal e todo o mundo, uma vez que é urgente que a sociedade compreenda definitivamente a importância da preservação dos recursos naturais e conceba medidas para atenuar as atrocidades que têm vindo a ser cometidas nos dois últimos séculos. O conceito de qualidade de vida tem de englobar, imprescindivelmente, a saúde ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Neste contexto, a Ecolojovem – “Os Verdes” considera que temos de ser todos, com os nossos pequenos gestos, a fazer frente a este problema, mas cabe ao Governo, de uma forma mais abrangente, a implementação de medidas mais amplas, o que não se tem verificado.
Prova disso é o Plano Nacional de Barragens que prevê a construção de mais barragens, algumas das quais em zonas de património ambiental, como é o caso do Tua. O Governo apresenta este plano defendendo que o mesmo vai diminuir a nossa dependência energética do exterior. Mas, tendo em conta que é o sector dos transportes o maior responsável por essa dependência, trata-se de um argumento falacioso, uma vez que a energia utilizada no sector dos transportes é de origem petrolífera. As barragens têm um grande impacto ambiental, económico e social na área de implantação e, na maior parte dos casos, a produção de energia daí resultante é insignificante face ao investimento e à perda ambiental que daí advém.
Deste modo, a Ecolojovem – “Os Verdes” considera que o Governo deve tomar medidas para reduzir a nossa dependência energética que, a médio e longo prazo, não hipotequem o nosso futuro ambiental. A aposta deve ser feita nas energias renováveis e numa melhor eficiência, pois continuamos a ter um elevado desperdício energético face às nossas necessidades.
A Ecolojovem – “Os Verdes” está também preocupada com a desafectação da REN (Reserva Ecológica Nacional) e a progressiva autonomia das autarquias nessa matéria, pois caso estas não achem justificável a realização de Estudos de Impacto Ambiental, estes já não serão realizados aquando da implementação de qualquer projecto, independentemente da sua dimensão e localização. Assim, a pressão dos interesses imobiliários sobre as autarquias vai aumentar e os grandes empreendimentos turísticos pretendidos para estas zonas mais sensíveis, que até agora tinham sido impossibilitados pela REN, vão possivelmente avançar.
Ainda na área da construção, a Ecolojovem – “Os Verdes” mostra-se alarmada com o crescente aumento do parque habitacional em Portugal. Este sucessivo aumento das áreas urbanas não é justificável pelo aumento demográfico e tem acarretado uma progressiva perda de solo agrícola e florestal, assim como um grande desperdício de recursos financeiros. Desta construção desenfreada resulta ainda o problema da grande quantidade de resíduos de construção e demolição que são deixados ao abandono em locais inapropriados.
Por isto, a Ecolojovem – “Os Verdes” considera imperativo repensar as políticas de construção do nosso país, como refere o estudo “Contributos para o Plano Estratégico de Habitação para o período de 2008/2013", "o número de alojamentos praticamente duplicou nas três décadas e registou um ritmo de crescimento sempre superior ao do número de famílias”, é notório que não precisamos de um parque habitacional tão vasto. De que serve construir sem limites, se as zonas históricas das cidades estão ao abandono? O caminho da reconstrução e requalificação parece-nos mais sensato. Portugal deve, assim, enveredar pela construção sustentável que vá ao encontro das reais necessidades dos portugueses e as construções deverão ser mais eficientes energeticamente, assim como devem ser utilizados materiais mais ecológicos.
Uma outra questão abordada, foi a da água. Em Portugal não se têm adoptado políticas que preservem este valioso e cada vez mais escasso recurso. Continuamos a ser muito dependentes de Espanha e os nossos rios estão cada vez mais poluídos. Alguns exemplos mais flagrantes são os casos dos rios Cávado, Ave e Alviela.
Foi também abordado o Protocolo de Quioto e a questão do Mercado de Quotas. A Ecolojovem – “Os Verdes” considera que as quotas foram criadas para possibilitar aos países em vias de desenvolvimento, o investimento no seu crescimento económico e um melhor nível de vida aos seus habitantes. No entanto, as quotas são vistas como mercadorias, que países como Portugal ou Holanda compram aos países menos desenvolvidos, ludibriando, assim, os propósitos do Protocolo de Quioto e retirando-lhes a possibilidade de progredir económica e socialmente. Deste modo, as quotas não estão a ser uma solução para o problema ambiental e fazem já parte do problema.
De uma forma geral, a Ecolojovem – “Os Verdes” encara com muita preocupação a falta de medidas para atenuar a nossa pegada ecológica, mas está ainda mais preocupada com as medidas que têm sido tomadas e que não vão ao encontro das políticas que defendem um desenvolvimento sustentável, mas que prejudicam o nosso ambiente e se revelam um passo atrás nas medidas que foram tomadas nas ultimas décadas.
A Ecolojovem – “Os Verdes”
O Gabinete de Imprensa de “Os Verdes”
(T: 213 919 642 - F: 213 917 424 – TM: 917 462 769 - imprensa.verdes@pev.parlamento.pt)
http://www.osverdes.pt/
A Ecolojovem – “Os Verdes”, Juventude do Partido Ecologista “Os Verdes”, reuniu no passado Sábado, dia 28 de Junho, no Ateneu da Cidade de Coimbra.
Esta reunião teve como mote a discussão e análise de temas ligados ao ambiente.
A Ecolojovem – “Os Verdes”, ao longo dos anos, tem alertado para os problemas ambientais que afectam Portugal e todo o mundo, uma vez que é urgente que a sociedade compreenda definitivamente a importância da preservação dos recursos naturais e conceba medidas para atenuar as atrocidades que têm vindo a ser cometidas nos dois últimos séculos. O conceito de qualidade de vida tem de englobar, imprescindivelmente, a saúde ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Neste contexto, a Ecolojovem – “Os Verdes” considera que temos de ser todos, com os nossos pequenos gestos, a fazer frente a este problema, mas cabe ao Governo, de uma forma mais abrangente, a implementação de medidas mais amplas, o que não se tem verificado.
Prova disso é o Plano Nacional de Barragens que prevê a construção de mais barragens, algumas das quais em zonas de património ambiental, como é o caso do Tua. O Governo apresenta este plano defendendo que o mesmo vai diminuir a nossa dependência energética do exterior. Mas, tendo em conta que é o sector dos transportes o maior responsável por essa dependência, trata-se de um argumento falacioso, uma vez que a energia utilizada no sector dos transportes é de origem petrolífera. As barragens têm um grande impacto ambiental, económico e social na área de implantação e, na maior parte dos casos, a produção de energia daí resultante é insignificante face ao investimento e à perda ambiental que daí advém.
Deste modo, a Ecolojovem – “Os Verdes” considera que o Governo deve tomar medidas para reduzir a nossa dependência energética que, a médio e longo prazo, não hipotequem o nosso futuro ambiental. A aposta deve ser feita nas energias renováveis e numa melhor eficiência, pois continuamos a ter um elevado desperdício energético face às nossas necessidades.
A Ecolojovem – “Os Verdes” está também preocupada com a desafectação da REN (Reserva Ecológica Nacional) e a progressiva autonomia das autarquias nessa matéria, pois caso estas não achem justificável a realização de Estudos de Impacto Ambiental, estes já não serão realizados aquando da implementação de qualquer projecto, independentemente da sua dimensão e localização. Assim, a pressão dos interesses imobiliários sobre as autarquias vai aumentar e os grandes empreendimentos turísticos pretendidos para estas zonas mais sensíveis, que até agora tinham sido impossibilitados pela REN, vão possivelmente avançar.
Ainda na área da construção, a Ecolojovem – “Os Verdes” mostra-se alarmada com o crescente aumento do parque habitacional em Portugal. Este sucessivo aumento das áreas urbanas não é justificável pelo aumento demográfico e tem acarretado uma progressiva perda de solo agrícola e florestal, assim como um grande desperdício de recursos financeiros. Desta construção desenfreada resulta ainda o problema da grande quantidade de resíduos de construção e demolição que são deixados ao abandono em locais inapropriados.
Por isto, a Ecolojovem – “Os Verdes” considera imperativo repensar as políticas de construção do nosso país, como refere o estudo “Contributos para o Plano Estratégico de Habitação para o período de 2008/2013", "o número de alojamentos praticamente duplicou nas três décadas e registou um ritmo de crescimento sempre superior ao do número de famílias”, é notório que não precisamos de um parque habitacional tão vasto. De que serve construir sem limites, se as zonas históricas das cidades estão ao abandono? O caminho da reconstrução e requalificação parece-nos mais sensato. Portugal deve, assim, enveredar pela construção sustentável que vá ao encontro das reais necessidades dos portugueses e as construções deverão ser mais eficientes energeticamente, assim como devem ser utilizados materiais mais ecológicos.
Uma outra questão abordada, foi a da água. Em Portugal não se têm adoptado políticas que preservem este valioso e cada vez mais escasso recurso. Continuamos a ser muito dependentes de Espanha e os nossos rios estão cada vez mais poluídos. Alguns exemplos mais flagrantes são os casos dos rios Cávado, Ave e Alviela.
Foi também abordado o Protocolo de Quioto e a questão do Mercado de Quotas. A Ecolojovem – “Os Verdes” considera que as quotas foram criadas para possibilitar aos países em vias de desenvolvimento, o investimento no seu crescimento económico e um melhor nível de vida aos seus habitantes. No entanto, as quotas são vistas como mercadorias, que países como Portugal ou Holanda compram aos países menos desenvolvidos, ludibriando, assim, os propósitos do Protocolo de Quioto e retirando-lhes a possibilidade de progredir económica e socialmente. Deste modo, as quotas não estão a ser uma solução para o problema ambiental e fazem já parte do problema.
De uma forma geral, a Ecolojovem – “Os Verdes” encara com muita preocupação a falta de medidas para atenuar a nossa pegada ecológica, mas está ainda mais preocupada com as medidas que têm sido tomadas e que não vão ao encontro das políticas que defendem um desenvolvimento sustentável, mas que prejudicam o nosso ambiente e se revelam um passo atrás nas medidas que foram tomadas nas ultimas décadas.
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