Ódio, Ópios e Democracia
A unidade de luta tem de passar necessariamente por envolver cristãos e não cristãos. O objectivo é comum, quando se luta por sociedade sem classes e sem exploração. Esse será o reino dos céus para alguns, ou o socialismo para outros.
Para alguns, a fé funciona como um "ópio" que ajuda a ultrapassar e a enfrentar os obstáculos, para outros a luta política é um exercício de conquista de causas. E acreditem, muitas vezes estas duas realidades encontram-se. Não tenho dúvidas nenhumas de que os cristãos primitivos eram comunistas convictos, tal como eu e Jesus Cristo.
A liberdade e a democracia só serão uma realidade quando soubermos respeitar as crenças e as ideologias de cada um. O sucesso até pode ser alcançado de estivermos unidos na procura de um mundo justo. Maria de Lurdes Pintassilgo foi um dos grandes exemplos que sustentam esta dualidade igreja / política.
Quanto à visita do Chefe de Estado do Vaticano e de todas as manobras que se podem comentar e discutir, falo de gastos, dividendos políticos e monetários, fico-me apenas pela sua escolha infeliz. Dos missionários portugueses espalhados pelo mundo, aos sacerdotes que foram perseguidos pelo antigo regime, Joseph Ratzinger, escolheu o Cardeal Cerejeira para evocar. Mas, desiludam-se aqueles que possam pensar que vou criticar esta escolha pelas ligações de Cerejeira a Salazar. A evocação de Cerejeira teve a ver com uma frase alusiva a Fátima, mas eu recordo que este Cardeal esteve ligado à Concordata de 1940 substituída pela Concordata de 2004 com Durão Barroso. Este, sim, seria o debate que eu gostaria de ver debatido em prol da democracia e não o folclore de bandeiras negras e atitudes de anti-catolicismo primário. Enquanto alguns andam distraídos com estas "guerras de capelinhas", a Concordata actual fica impune e o Governo Sócrates vai anunciando medidas de terrorismo social com a maior das impunidades.
Paulo Cardoso (12/5/2010)
Para alguns, a fé funciona como um "ópio" que ajuda a ultrapassar e a enfrentar os obstáculos, para outros a luta política é um exercício de conquista de causas. E acreditem, muitas vezes estas duas realidades encontram-se. Não tenho dúvidas nenhumas de que os cristãos primitivos eram comunistas convictos, tal como eu e Jesus Cristo.
A liberdade e a democracia só serão uma realidade quando soubermos respeitar as crenças e as ideologias de cada um. O sucesso até pode ser alcançado de estivermos unidos na procura de um mundo justo. Maria de Lurdes Pintassilgo foi um dos grandes exemplos que sustentam esta dualidade igreja / política.
Quanto à visita do Chefe de Estado do Vaticano e de todas as manobras que se podem comentar e discutir, falo de gastos, dividendos políticos e monetários, fico-me apenas pela sua escolha infeliz. Dos missionários portugueses espalhados pelo mundo, aos sacerdotes que foram perseguidos pelo antigo regime, Joseph Ratzinger, escolheu o Cardeal Cerejeira para evocar. Mas, desiludam-se aqueles que possam pensar que vou criticar esta escolha pelas ligações de Cerejeira a Salazar. A evocação de Cerejeira teve a ver com uma frase alusiva a Fátima, mas eu recordo que este Cardeal esteve ligado à Concordata de 1940 substituída pela Concordata de 2004 com Durão Barroso. Este, sim, seria o debate que eu gostaria de ver debatido em prol da democracia e não o folclore de bandeiras negras e atitudes de anti-catolicismo primário. Enquanto alguns andam distraídos com estas "guerras de capelinhas", a Concordata actual fica impune e o Governo Sócrates vai anunciando medidas de terrorismo social com a maior das impunidades.
Paulo Cardoso (12/5/2010)