160.
Pisa
Pisa em mim, que eu mereço
Acelera bem na minha dor
Que a palavra, se a exerço
Também fere com amor;
Visa
Com aviso, se estremeço
Na côdea tostada, a pele
De tua voz redesenhada
Quase crosta, líquido mel
Que reservo prà madrugada
Em que ficas acesa em mim,
Ângulos feitos de nada
Para a redondez, enfim
Arestas polidas da paixão
Preto no branco, já assumida
– Coração qu’abre o coração
E mete lá a chave da vida.
Joaquim Maria Castanho
Com excerto de foto de Elie Andrade
REGISTO LAVRADO
Pisa
Pisa em mim, que eu mereço
Acelera bem na minha dor
Que a palavra, se a exerço
Também fere com amor;
Visa
Com aviso, se estremeço
Na côdea tostada, a pele
De tua voz redesenhada
Quase crosta, líquido mel
Que reservo prà madrugada
Em que ficas acesa em mim,
Ângulos feitos de nada
Para a redondez, enfim
Arestas polidas da paixão
Preto no branco, já assumida
– Coração qu’abre o coração
E mete lá a chave da vida.
Joaquim Maria Castanho
Com excerto de foto de Elie Andrade