12.27.2020

ANTOLOGIA -- MEMÓRIAS E VIVÊNCIAS DE PAIXÃO

 

 


MEMÓRIAS E VIVÊNCIAS DE PAIXÃO

(Antologia)

Coordenação de Fernando Mão de Ferro

Edições Colibri

Lisboa, dezembro de 2020



A grande viagem, a grande aventura que é a vida de cada qual, consuma-se passo a passo, capítulo a capítulo, conto a conto, cena a cena, parágrafo a parágrafo, frase a frase, linha a linha, e dessa história às vezes nascem estórias, sobretudo para aqueles e aquelas que se não esqueceram de as registar de forma a que, quer eles e elas, quer nós, a elas pudéssemos recorrer sempre que a inquietação, o desassossego existencial, nos espicace a curiosidade e o talento. Sim, talento, digo bem!, porquanto é preciso uma pessoa ter genial talento para querer saber como é que alguém, de sua igual humanidade, se sentiu ou se desenvencilhou, desta ou daquela alhada em que se meteu, para que foi atirado, ou atirada, deixando-lhe a alma em pleno voo, mas a que nunca pode valer qualquer contrapicado, ainda que fantasista. Descer à terra é a única hipótese plausível que lhe resta; a realidade o único vento que lhe impele a nau; e o sonho a bússola que lhe motivará a trajetória. E é experiência que MEMÓRIAS E VIVÊNCIAS DE PAIXÃO fala, através de depoimentos mais ou menos elaborados, ficcionados, conforme o jeito e oportunidade sócio-biológica de cada autora, de cada autor, tal como Raquel Gonçalves-Maia, Otilinda Silva, Maria Gabriela Ludovice, Maria Eugénia Oleastro, Leonoreta Leitão, J. A. David de Morais, Isabel Marçano e Teresa Clemente, Florinda Martins, Celino A. Vilela das Neves, Carolino Tapadejo, que lhe preencheram o recheio sob a bitola de um deles, que além de coordenador também é autor participante nesta antologia – Fernando Mão de Ferro.

Um livro que não carece ser lido de fio a pavio e duma assentada para se compreender no todo, mas nos permite ler parte por parte, participação por participação, etapa por etapa, a fim de melhor o apreciarmos pelas subtilezas e diferenças nas “paisagens”, ou atmosferas que o circunscrevem.


Joaquim Maria Castanho


La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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