O NEGÓCIO DUM ZÉ-NINGUÉM
Na tristeza e na revolta,
Na grande solidão dos dias,
Oh amor, és uma escolta
Pràs difíceis travessias!
És essa prisão que nos solta.
És a sisudez das alegrias.
Imagens do que há em volta;
Metáforas do medir verbal.
Devendo-te incluir também
Na destreza com que nos guias
Nessa circular que nos mantém
Em órbita, mas não é astral…
Antes terrena, comercial
Onde Ninguém vende poesias.
Joaquim Maria Castanho