VISÃO,
BREVE VISÃO
Desceu
mansa no seu andar de pomba
O
olhar despido de esperança
Saltitando
sobre cada lomba
Balançando
os braços, os cabelos
Pelas
costas – apetece descê-los
Com
os lábios, em meiga dança...
Escorrer
na sua sombra ao diluir-se
Como
polpa desses pomos silvestres
Que
são mais poderosos do que Atenas,
E
ainda mais poderosos do que Circe!,
Por
quem a luz do sol, e as açucenas
Pintam
os prados com Vestais e Mestres.
Dão
vida ao joio, e alma ao trigo;
Empurram
brotos pra fora da haste,
Tal
querem fazer meus olhos contigo
Se
te vejo e passas... como passaste!
Joaquim
Maria Castanho