3.08.2017

O DESVINCAR DA SOMBRA




O DESVINCAR DA SOMBRA

É como se o vinco da linha se esbatesse… 
A ruga deslaçasse, o caminho voltasse, 
O destino dissesse que tudo acontece
Ao tornar-se laço, a criar alento e espaço
Onde nada se perde nem desfolha –
E a chuva subisse de quem molha… 
E nessa subida te repetisse, te acolhesse
De onde nada desce senão essa benesse
Que floresce em que a merece, só por sorrir. 
O sol é tanto, e os teus olhos a espelhá-lo
Devolvem-me o canto sem o encanto delir
Nem sentir já a mínima vontade de calá-lo.
E se o digo parecendo não o dizer a dizê-lo
É só porque sigo e prossigo sempre a vê-lo. 

Joaquim Maria Castanho

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português