BEM ME QUER, MAL ME QUER
Sufixo germinável, o ramo
O galho, esse em que pousaste
No último dia do velho ano
Quando – e por bem! – achaste
Ouvir o cante com que te chamo
Onde o vento, pelo caminho,
A varrer, cumprindo tradição,
Escolheu como seu destino
Entrançar, raminho a raminho,
Uma espécie de ninho
Para acolher o coração...
Talvez o nosso, que é tão maior
Do que o órgão de cada qual,
E por cujo compasso abre a flor
Pétalas em binário (digital).
Joaquim Maria Castanho