5.12.2017

VEJO-TE ENTRE BÁTEGAS




TE VEJO ENTRE BÁTEGAS

Desço pelo meio da tarde
Por negras pedras gretadas
Onde a saudade me arde
Em quadras incendiadas
Dessa luz, entre sombras, nua
Pisada pela memória
Se, letra a letra, quase crua
Copia de nós sua história
E nos devolve esse elixir
Cujo suco é tempo puro, 
Mel coado n'areia do porvir
Cruzado em ponto seguro
Plas costuras da água caída, 
Como intervalos num muro 
Que são as seteias da vida. 

Joaquim Maria Castanho

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português