AMOR
O amor é como magma.
No início, cera derretida
de vela com ligeira chama.
Mais tarde fogueira crepitante,
em crescendo revolvida,
que forma e reforma.
Depois, lava em corrente,
que sai em borbotão
de cada nova erupção,
e ardente, lasciva, procura
chegar o mais longe que puder.
E só então arrefece e, dura,
forma escuras brechas de mulher.
ALQUIMIAS:
No princípio, o amor
começa como barro,
tomando forma
por mãos habilidosas moldado.
Depois é gelatina
instável e hesitante.
Se de repente vira cristal
é lindo, embora frágil.
Mas para o vidro durar
tem de ser revestido,
de prata por exemplo.
Pode ficar ouro com o tempo
ou apenas oxidar.
Nalguns casos (tão poucos)
o cristal vira diamante
e nada, nada o pode quebrar.
VULCÕES:
Nalguns vulcões mais activos
formam-se no interior brilhantes,
tão bonitos, tão vivos,
reflectem todas as cores
Noutros só pedras escuras,
basalto e mais nada
quando ficam duras
e a fonte de calor é roubada
ANA PINTÃO
Convite para partilhar caminhos de leitura e uma abertura para os mundos virtuais e virtuososos da escrita sem rede nem receios de censura. Ah, e não esquecer que os e-mails de serviço são osverdes.ptg@gmail.com ou castanhoster@gmail.com FORÇA!!! Digam de vossa justiça!
8.13.2004
O CHÃO DAS FLORES
No tempo em que "Era uma vez"
Ainda era todas as vezes das histórias
Uma vez houve uma hortênsia
Que colheu uma Leonor e a guardou
No cantinho mais quentinho de sua raiz,
Que, como todos sabemos, é o coração das flores
Filhas dos continentes como dos Açores.
Pois então esta flor que assim fez
Como se faz na vida uma só vez,
Guardou no seu secreto coração
Não quatro flores, duas ou três
Mas apenas uma – vês??... Pois então!
Se estava descalça, ninguém sabe
Ou se não segura ia à fonte,
Mas que era flor que na raiz cabe
Doutra flor é bem verdade,
Tão verdade, que aqui conste.
E como o fez? Quem ouviu?
Quem reconheceu tal magia?
Quem aos anjos e a Deus pediu
Poder fazer o que a flor fez um dia?!...
Do que ao mundo foi notícia
E se disse na TV e jornais,
É que além de seu pai, mãe e irmão
Houve também um alentejano torrão
Que colheu essa hortênsia
Para a plantar no seu árido chão
De onde não saiu jamais.
E aí, a flor que tinha na raiz
Uma Leonor simples e bela
Floresceu tanto, que ainda hoje se diz
Ser aquele somente o jardim dela!
No tempo em que "Era uma vez"
Ainda era todas as vezes das histórias
Uma vez houve uma hortênsia
Que colheu uma Leonor e a guardou
No cantinho mais quentinho de sua raiz,
Que, como todos sabemos, é o coração das flores
Filhas dos continentes como dos Açores.
Pois então esta flor que assim fez
Como se faz na vida uma só vez,
Guardou no seu secreto coração
Não quatro flores, duas ou três
Mas apenas uma – vês??... Pois então!
Se estava descalça, ninguém sabe
Ou se não segura ia à fonte,
Mas que era flor que na raiz cabe
Doutra flor é bem verdade,
Tão verdade, que aqui conste.
E como o fez? Quem ouviu?
Quem reconheceu tal magia?
Quem aos anjos e a Deus pediu
Poder fazer o que a flor fez um dia?!...
Do que ao mundo foi notícia
E se disse na TV e jornais,
É que além de seu pai, mãe e irmão
Houve também um alentejano torrão
Que colheu essa hortênsia
Para a plantar no seu árido chão
De onde não saiu jamais.
E aí, a flor que tinha na raiz
Uma Leonor simples e bela
Floresceu tanto, que ainda hoje se diz
Ser aquele somente o jardim dela!
Subscrever:
Mensagens (Atom)
La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Onde a liquidez da água livre
Arquivo do blogue
- ► 2019 (152)
- ► 2017 (160)
Links
- A Aliança
- A Cidade e as serras
- A Dobra do Grito
- A Espuma dos Dias
- A Sul
- A Vida Não É Um Sonho
- AMI
- Abrupto
- Ad-Extra
- Aldeia T
- Alentejanos de Todo o Mundo Uni-vos
- Alexandria à Gomes de cá
- Algarve Renovável
- Alguém Me Ouve
- Almocreve das Petas
- AmBio
- Amazónia
- Amigos do Botânico
- An Ordinary Girl
- Ante-Cinema
- Ao Sabor do Toque
- Astronomia 2009
- Aves de Portugal
- Azinheira Gate
- BEDE
- BIBLIOTECÁRIO DE BABEL
- Barros Bar
- Bea
- Bede
- Biblio
- BiblioWiki
- Bibliofeira
- Bibliofeira
- Biblioteca António Botto
- Biblioteca Digital
- Biblioteca Nacional
- Biblioteca Nacional Digital
- Biblioteca Nómada
- Biblioteca do IC
- Bibliotecas Portuguesas
- Bibliotecas Públicas Espanholas
- Bibliotecas-
- Bibliotecário de Babel
- Bibliotecários Sem Fronteiras
- Biodiversidade
- Biosfera
- Blog dos Profs
- Blogs em Bibliotecas
- Blogue de Letras
- Boneca de Porcelana
- Burricadas
- CEAI
- CFMC
- CIBERESCRITAS
- Cachimbo de Magritte
- Caderno de Paris
- Campo de Ideias
- Canil do daniel
- Cantinho das Aromáticas
- Canto do Leitor
- Capas
- Casa da Leitura
- Centenário da República
- Centro Nacional de Cultura
- Centro de Estudos Socialistas
- Cercal da Eira
- Ciberdúvidas
- Circos
- Citador
- Ciência Viva
- Clima 2008
- Clube de Jornalistas
- Coisas Simples e Pequenas
- Coisas da Cristina
- Coisitas do Vitorino
- Comer Peixe
- Cometas e estrelas
- Comissão Europeia Portuguesa
- Companha
- Conjugador de Verbos
- Crescer Com Saúde
- Crítica Literária
- Crónicas do Planalto
- Câmara Clara
- DAR
- Da Literatura
- Da Poesia
- Deixa Arder
- Depois do Desenvolvimento
- Devaneios
- Diagonal do Olhar
- Dias com Árvores
- Dicionário de termos Literários
- Diário da República
- Doce Mistério
- Dona Gata
- Dreams
- Ecologia Urbana
- Ecosfera
- Edit On Web
- Educação Ambiental na Net
- Ellenismos
- Ensayo Pessoa
- Escola Pública
- Escolhas de Sofia
- Escribalistas
- Espiritismo
- Estação Liberdade
- Estudio Raposa
- Eurocid
- Evolução da Espécie
- Extratexto
- Farol de Ideias
- Fauna do Cerrado
- Ferrus
- Ficção
- Floresta do Interior
- Folhas de Poesia
- Fongsoi
- Fonte de Letras
- Fotos da Natureza
- Fotos do Nick Brandt
- Fratal 67
- Frenesi
- Fundo Português do Carbono
- GOSGO
- Google News
- Governo
- Gulbenkian
- HSI
- Habitat Ecológico
- História universal
- IDP Democracia Portuguesa
- Ideotário
- Impressões Literárias
- Incrivelmente Perto
- Infografando
- Instituto Camões
- Jacques Brel
- Jornal das Freguesias
- José Saramago
- Justiça e Cidadania
- Justiça e Democracia
- Kampus de Ideias
- LER
- Leite de Pato
- Leitora Crítica
- Leoa Verde
- Linha de Pesca
- Literatura e-
- Livre Expressão
- Livros e Críticas
- Lumiarte
- Lusa
- Lusitânica
- Luso Borboletas
- Madeja de Palabras
- Malaposta
- Maldita Honey
- Manuela
- Maria Clara
- Missixty
- Movimento Perpétuo
- Movimento Rio Tinto
- Mundo Ecológico
- Mundo de Pessoa
- Mundo dos Golfinhos
- Mutações
- NICK BRANDT
- Nada Niente
- National Geographic
- Natura
- Nick Brandt
- Nobel Prize
- Notas e Apostillas
- Notícias de Castelo de Vide
- Nova Economia
- Nova Floresta
- O Bocas
- O Boomerang
- O Coiso
- O Currupião
- O Escribalista
- O Fingidor
- O Indigente
- O Janesista
- O Parcial
- O Silêncio dos Livros
- OIT
- OREE
- Objectiva Campo Maior
- Oficina de Poesia
- Olho Neles
- Omj
- Ondas 3
- Opinião Socialista
- Os Ribeirinhos
- Os Verdes
- Othersky
- POUS
- POUS Portalegre
- Palavra Criativa
- Pandora e Adrian
- Parlamento
- Parlamento Global
- Partido Pelos Animais
- Pedro Marques
- Per-Tempus
- Photo-a-Trois
- Photos e Scriptos
- Pimenta Negra
- Planeta Azul
- Planeta Azul
- Plano Nacional de Leitura
- Podolatria
- Poemas Diários
- Poesia Ilimitada
- Poesia Saiu à Rua
- Poesia de Gabriela Mistral
- Poesias e Prosas
- Ponto
- Ponto Cinza
- Por Mão Própria
- Por Um Mundo Melhor
- Porbase
- Porosidade Etérea
- Portal da Literatura
- Portal da Língua
- Portalegre On Line
- Português Exacto
- Presidência da República
- Projecto Gutenberg
- Projector do Sótão
- Putas Resolutas
- Pés de Gata
- Qualidade do Ar
- Queridas Bibliotecas
- Quintas Com Livros
- RELEITURAS
- Raquel
- Raízes
- Receitas da Lígia
- Reconstruir a Esperança
- Rede Cultural
- Releituras
- República Laica
- Reservas Naturais
- Retalhos de Leitura
- Revista Diplomática
- Revista Portuguesa
- Rio das Maçãs
- Robot Intergaláctico
- Rouge de Garance
- Rua Nove
- SEVE
- SOS Praia Azul
- SOS Vida
- Sais de Prata
- Sara
- Sara P
- Saumon
- Schmoo-Schmoo
- Schopenhauer
- Selvagens
- Seve
- Sinusite Crónica
- Sob Pressão Não Consigo
- Sociedade Civil
- Sombra Verde
- SonoPoesia
- Stand-Up
- Tempo das Cerejas
- Terra de Encanto
- Todas as Letras
- Tu Indecisa
- UALG
- UNESCO
- Umbigo
- Ursula
- Usina de Letras
- Utopia
- Verduras Factuais
- Verão Verde
- Viagens no Meu Sofá
- Viajarte
- Vida Involuntária
- Vida das Coisas
- Viver Literatura
- Walkyria
- Wild Wonders
- Wildlife
- Y2Y
- Zeariel
- e-cultura
- kARINA
- À Margem
- Árvores do Norte
Acerca de mim
- Joaquim Maria Castanho
- Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português