A IDADE DO SENTIR
No sufrágio odorado da espera
A fala presa, esgar retraído,
O silêncio que adora e venera
Estende-se plo dia, consumido.
A brisa, ao tocar-lhe, recorda-te
Tal que passando por mim novamente
Te visse (outra vez!) plena de arte
Vendo o telemóvel, indiferente…
Passo cadenciado, trança prà frente
– Exatamente do lado que me prende –,
Sentindo tod’esse bem que ascende
Quando a esperança se faz praxe
E pulsa e ilumina, ou desmente
Que o amor só aos novos é que nasce!
Joaquim Maria Castanho