8.06.2022

Un peu beaucoup

O MEU AFETO É FELINO


 

O MEU AFETO É FELINO



O meu fiel companheiro de leituras

Não percebeu bem o poema que lhe li…

No entanto arrebitou as orelhas

Logo que tão saudoso lhe falei de ti

Vieram-me à ideia ideias futuras

Coisas intenções, causas que não perdi,

E que plas sombras frescas, férteis e escuras

Me dão a ver todo o afeto que já senti…


Que se repete mas que é sempre novo

Aberto caminho que nunca confesso,

Élan da vida, motivo de progresso,

Iluminação de destino que atravesso

Indo pra lá das metas – e do estorvo –

E prova ser igual ao do resto do povo!


Joaquim Maria Castanho

Geroges Bernanos, UM CRIME

 


Escritor e jornalista francês, nascido em Paris, a dia 20 de fevereiro de 1888 e falecido, também em Paris, a 5 de julho de 1948, Georges Bernanos, licenciado em Direito (1913), comungou dos ideais monárquicos e foi católico apostólico romano como a maioria dos europeus que viraram do século XIX para o século XX. Além de soldado de trincheira na Primeira Guerra Mundial e de repórter na Guerra Civil Espanhola, apoiou igualmente a França Livre e a Resistência Francesa contra o regime de Vichy na Segunda Guerra Mundial, com as suas tomadas de posição e artigos de jornal, embora estivesse então (1940) exilado no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial.


Considerado pela crítica como o Dostoievski francês, casou com uma lendária descendente de Joana d’Arc, autor de Sob o Sol de Satã (adaptado ao cinema por Maurice Pialat, e que ganhou a Palma de Ouro em Cannes), Diário de um Pároco de Aldeia e Nova História de Mouchette (ambos filmados por Robert Bresson), Diálogos das Carmelitas, Grandes Cemitérios Sob a Lua e Um Crime, entre outros.


Mas é este último, UM CRIME, da Coleção Miniatura, Edição «Livros do Brasil», com tradução de Ersílio Cardoso, comprado na Livraria José Maria Batista Alves, em Portalegre, a minha leitura de fim de semana. Porquê? Porque há grandes obras que foram escritas para isso mesmo… Para serem lidas independentemente das modas e novidades que nos servem diariamente sem que as tenhamos escolhido ou pedido. 

Joaquim Maria Castanho

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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