AMOR TOTAL - III
Não há sonetos que te descrevam
Nem sílabas que te sejam fiéis,
Que ancestrais deus observam
E zelam e capricham (empenhadas)
Prà beleza não andar nos papéis;
Não há palavras para contar-te
Nem cores que imitem como és:
Só Arina pode igualar-te
Só Inanna te chega aos pés
Só Xara(zade) sabe o teu nome.
Nem és coisa-objeto prò desejo…
Tens o olhar das odes estreladas,
A voz com que o sonho me consome.
És o amor total com que te vejo!
Joaquim Maria Castanho