165.
TEU ADEUS
Tu, só tu
Tormentas paras, derrocadas escoras.
E posso dizer que teus olhos são meus?
Posso aferir quem sou de quem em mim vês?
Ontem passaste apenas uma vez…
Mas duraste vinte e quatro horas.
Dormi toda a noite com teu Adeus!
Tu, só tu
Suport’as toneladas de esperança
Que há no sonho e só o sonho alcança.
E posso dizer que teus olhos são meus?
Ontem sorriste, e fui criança…
Dormi toda a noite com teu Adeus!
Joaquim Maria Castanho
Com foto de Elie Andrade