IMACULADA
PRONTIDÃO
Hei
de rasgar a voz
Com
notas de sofreguidão,
Que
o amor somos nós
Ao
soltar os pés do chão.
Consente
o avelã de teu olhar
Sob
meu suspiro imediato,
Teus
lábios de líquen manso
Aflorando
a palavra retrato;
As
coxas em moldura singular
Enquadram
desenho abstrato
Do
desejo, aberto pomo a pulsar
Em
cujo sonho eu me balanço,
Qu'é
esse intransigente transe
A
suma pose do poema amante
Se
à boca do grito o rosto franze
E
só por dentro o corpo salta adiante.
Hei
de rasgar a dor
Com
as unhas da solidão,
Que
o poder do amor
Gera
a imaculada prontidão.
Joaquim
Maria Castanho
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