OUTRA RECAÍDA
Recaio,
Sempre recaio...
Depois de ter jurado
Nunca mais te pôr a vista em cima,
Eis que esfriado
Saio
E caio
Em fazer-te mais uma rima.
A poesia desceu à rua
Era já manhã cerrada,
Trazia manto cor de lua
Olhar de mulher desejada.
Plo andar era liberta
Dengosa flor, estrelada
Pétala, a boca, desperta
Pròs suspiros duma toada.
Fiquei sem jeito, portanto
Ao reconhecer que sou assim...
Basta sorrires, e logo o santo
Que era, foge pra longe de mim!
Joaquim Maria Castanho
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