Minha
alma fria, e já desenganada,
Despida
de ilusões a fantasia,
Em
gostoso sossego aqui vivia
Dos
prazeres do mundo já deixada.
Eis
que por novo acaso sou tirada
Do
profundo letargo, em que jazia;
Pela
mais agradável simpatia,
Aos
Elísios minha alma é transportada!
Magnético
poder a ti me prende;
É
só fria amizade? Não: eu minto;
Tanto
fogo a amizade não acende.
Que
descubro! Ó Céus! Belo Filinto!
Que
repentina luz me aclara e fende!
É
amor… é amor que por ti sinto!
ANA
EURÍDICE EUFROSINA DE BARANDAS
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